sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A IGREJA E O CULTO


Segundo Plilip Yancey, o objetivo da Igreja não é oferecer entretenimentos, nem encorajar vulnerabilidade, nem melhorar autoestima ou facilitar amizades. O objetivo da Igreja é e deverá ser sempre, adorar a Deus e pregar a sua Palavra! Eu concordo.
A maioria das Igrejas dos dias atuais têm “apetrechos” demais, modismo demais e os cultos são verdadeiros show de entretenimento religioso, pregadores sensacionais que “contam estórias fantásticas” extraídas de livros sem vida, e as coisas sérias de Deus vão sendo negligenciadas. A Palavra de Deus viva e poderosa já não é mais pregada com tanta ênfase, até porque hoje em dia, a programação dos cultos (liturgia) é tão intensa que o espaço dedicado à Palavra é muito curto – e é a Palavra que evangeliza, fortalece, consola, edifica e dá sabedoria, esse espaço a cada dia fica mais curto, já no final do culto, quando as pessoas já estão com seus corpos cansados e os olhos voltados para o relogio. Não há preparo espiritual, os crentes acreditam em todos os ventos de doutrina que sopram e invadem as Igrejas. Quando não era crente gostava de horóscopo e cartomantes, dentro da Igreja passa a  gostar de “sonhos”, “revelações”, “profecias”, e há todo um investimento por parte das lideranças das Igrejas nesse sentido, e estes passam a gostar desenvolvendo no povo um certo tipo de dependência, mais dessas coisas do que do ensino da Palavra de Deus. Alguns líderes já não exortam mais a Igreja a procurar na Bíblia à vontade de Deus para nossas vidas mostrando que a comunhão com Deus é a única maneira de não perdermos a rota de que Ele traçou para nós. Quanto mais a Igreja se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, menos ela precisará do que possa vir de fora. Quanto mais a Igreja se relacionar com Deus e se habituar a orar, a conversar com Ele, menos dependerá de “profecias” e “revelações”. As Igrejas hoje estão repletas de “mendigos espirituais” e poucos adoradores. Essa mendicância já está tão disseminada em nosso meio que as pregações giram praticamente em torno “de bênçãos” (carro, casa, chave e etc.). Algumas Igrejas vivem de artifícios para manter público e isto é uma manipulação moderna. 
O louvor com seus corinhos de letras e rimas repetitivas, a titulo de adoração, têm substituído os verdadeiros hinos baseados na Palavra de Deus e verdadeiramente inspirados pelo Espírito Santo. E com essa prática e emoção religiosa se torna cada vez mais agradável do que a doutrina básica da Bíblia. A pregação do Evangelho é dirigida a Fé, “a Fé repousa sobre o caráter de Deus”. A mensagem da cruz tem que convencer o pecador de que Jesus salva, liberta, transforma, batiza com o Espírito Santo e leva para o céu. O salvo por sua vez tem que ser induzido, estimulado a conhecer mais e mais esse Jesus Maravilhoso e isso só é possível com a pregação da Palavra de Deus. Eu entendo que tudo que toma o espaço da pregação da Palavra de Deus é inimigo de Deus, é perseguição ao Evangelho. Tudo que prende a atenção da Igreja quando esta deveria estar meditando sobre Deus e as coisas eternas, qualquer outra coisa que esteja sendo dita além das Escrituras, prejudica a alma do crente. Só a Teologia deve ser pregada, cantada e ensinada nas Igrejas. As Igrejas de nossos dias não têm dado a devida importância e valor à Volta de Jesus Cristo, que é o amanhã ou mesmo o hoje de todos nós. Deus é misericordioso e amoroso, mas também é calculista e exigente. O Deus impiedoso do Antigo Testamento não mudou ao enviar Cristo. Tiago 1.17 diz que Deus não muda, e diz mais: a raiva de Deus se acumula pelos séculos (Ap 15.7). o pior engano do cristão é achar que Deus é algo que Ele não é e isso é falta de conhecimento da Palavra de Deus. A maioria dos cristãos atuais fogem da verdade que dói, a alienação espiritual na Igreja é quase que total. A maior parte dos crentes interpretam mal a Bíblia, algumas Igrejas estão repletas de “crendices” e todos chamam a Bíblia de “arma”, “espada”, mas poucos sabem usá-la.