Segundo Plilip Yancey, o objetivo da Igreja não é oferecer
entretenimentos, nem encorajar vulnerabilidade, nem melhorar autoestima ou
facilitar amizades. O objetivo da Igreja é e deverá ser sempre, adorar a Deus e
pregar a sua Palavra! Eu concordo.
A maioria das Igrejas dos dias atuais têm “apetrechos”
demais, modismo demais e os cultos são verdadeiros show de entretenimento
religioso, pregadores sensacionais que “contam estórias fantásticas” extraídas
de livros sem vida, e as coisas sérias de Deus vão sendo negligenciadas. A
Palavra de Deus viva e poderosa já não é mais pregada com tanta ênfase, até
porque hoje em dia, a programação dos cultos (liturgia) é tão intensa que o
espaço dedicado à Palavra é muito curto – e é a Palavra que evangeliza,
fortalece, consola, edifica e dá sabedoria, esse espaço a cada dia fica mais
curto, já no final do culto, quando as pessoas já estão com seus corpos
cansados e os olhos voltados para o relogio. Não há preparo espiritual, os
crentes acreditam em todos os ventos de doutrina que sopram e invadem as
Igrejas. Quando não era crente gostava de horóscopo e cartomantes, dentro da
Igreja passa a gostar de
“sonhos”, “revelações”, “profecias”, e há todo um investimento por parte das
lideranças das Igrejas nesse sentido, e estes passam a gostar desenvolvendo no
povo um certo tipo de dependência, mais dessas coisas do que do ensino da
Palavra de Deus. Alguns líderes já não exortam mais a Igreja a procurar na
Bíblia à vontade de Deus para nossas vidas mostrando que a comunhão com Deus é
a única maneira de não perdermos a rota de que Ele traçou para nós. Quanto mais
a Igreja se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, menos ela precisará
do que possa vir de fora. Quanto mais a Igreja se relacionar com Deus e se
habituar a orar, a conversar com Ele, menos dependerá de “profecias” e
“revelações”. As Igrejas hoje estão repletas de “mendigos espirituais” e poucos
adoradores. Essa mendicância já está tão disseminada em nosso meio que as
pregações giram praticamente em torno “de bênçãos” (carro, casa, chave e etc.).
Algumas Igrejas vivem de artifícios para manter público e isto é uma
manipulação moderna.
O louvor com seus corinhos de letras e rimas repetitivas, a
titulo de adoração, têm substituído os verdadeiros hinos baseados na Palavra de
Deus e verdadeiramente inspirados pelo Espírito Santo. E com essa prática e
emoção religiosa se torna cada vez mais agradável do que a doutrina básica da
Bíblia. A pregação do Evangelho é dirigida a Fé, “a Fé repousa sobre o caráter
de Deus”. A mensagem da cruz tem que convencer o pecador de que Jesus salva,
liberta, transforma, batiza com o Espírito Santo e leva para o céu. O salvo por
sua vez tem que ser induzido, estimulado a conhecer mais e mais esse Jesus
Maravilhoso e isso só é possível com a pregação da Palavra de Deus. Eu entendo
que tudo que toma o espaço da pregação da Palavra de Deus é inimigo de Deus, é
perseguição ao Evangelho. Tudo que prende a atenção da Igreja quando esta
deveria estar meditando sobre Deus e as coisas eternas, qualquer outra coisa
que esteja sendo dita além das Escrituras, prejudica a alma do crente. Só a
Teologia deve ser pregada, cantada e ensinada nas Igrejas. As Igrejas de nossos
dias não têm dado a devida importância e valor à Volta de Jesus Cristo, que é o
amanhã ou mesmo o hoje de todos nós. Deus é misericordioso e amoroso, mas
também é calculista e exigente. O Deus impiedoso do Antigo Testamento não mudou
ao enviar Cristo. Tiago 1.17 diz que Deus não muda, e diz mais: a raiva de Deus
se acumula pelos séculos (Ap 15.7). o pior engano do cristão é achar que Deus é
algo que Ele não é e isso é falta de conhecimento da Palavra de Deus. A maioria
dos cristãos atuais fogem da verdade que dói, a alienação espiritual na Igreja
é quase que total. A maior parte dos crentes interpretam mal a Bíblia, algumas
Igrejas estão repletas de “crendices” e todos chamam a Bíblia de “arma”,
“espada”, mas poucos sabem usá-la.