segunda-feira, 30 de março de 2009

DOUTRINA BÍBLICA

INTRODUÇÃO: Vivemos uma época em que as pessoas desenvolvem muitos maus costumes, muitos maus hábitos. Para orientar essas pessoas e manter uma boa postura social, a igreja deve pregar doutrina e bons costumes.


1. O QUE É DOUTRINA
É a declaração das crenças mais fundamentais dos cristãos. Aquilo em que cremos e que ensinamos.
É o ensino de Jesus (Mt 7.28; 22.33; 1 Tm 6.3), revelação de Deus ao homem (Jo 7.16,17)
É diferente de apenas conhecimento, pois contém poder, autoridade (Mc 1.22, 27).


2. POR QUE ESTUDAR DOUTRINA
· “A doutrina serve de alicerce para a vida cristã e de motivação para a atividade Cristã”. A nossa salvação, o nosso chamado, a nossa missão, as nossas atitudes como cristãos tudo isto é baseado no estudo das doutrinas bíblicas.
. Para combater os falsos ensinos. Para que os crentes não sejam levados “por todo vento de doutrina” (Ef 4.14).
· Para cumprir a missão da igreja: ensinar (Mt 28.19-20).
· Quando estudamos, aprendemos também a:
1. Desenvolver um senso crítico em relação ao que ouvimos (1Ts 5.21; At 17.10,11);
2. Combater os conceitos destorcidos da verdade, A Palavra de Deus, sejam nossos ou de outros (Tt 1.9);
3. Amadurecer no caráter cristão (Hb 5.11-14).
O estudo da Bíblia faz parte da história do movimento pentecostal. O avivamento pentecostal começou com estudantes da bíblia, em 1901, no Bethel Bible College, em Topeka, Kansas (Jan/1901). E em abril de 1914 foi realizada a primeira reunião de fundação do Concílio Geral das Assembléias de Deus. As razões para este concílio foram:
1. Atingir uma melhor compreensão e unidade de doutrina;
2. Conservar a obra de Deus
3. Cuidar dos fundos missionários
4. Unificar o nome da igreja
5. Formar uma escola de treinamento bíblico com uma divisão literária.

Hoje, a doutrina tem sido negligenciada nos púlpitos, nos livros e nos eventos da igreja.
A doutrina é o que diferencia o crente do idólatra; a igreja da seita.


3. O QUE NÃO É DOUTRINA
Doutrina não é igual a Costume
Doutrina bíblica é um ensino da Bíblia, normativo, terminante, final, derivado das Sagradas Escrituras, como regra de fé em Deus e de prática de nossa vida cristã e de ministério, para a igreja de Deus.
Os costumes são influenciados pela época, local e especialmente pelo clima e por tradições recebidas. O problema é a imposição de costumes para a salvação, sendo dada maior importância a costumes, tradições do que a Palara. Algo pode ser transmitido por tradição sem respaldo biblico, conforme Jesus mostrou: "E assim invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição" (Mt 15.6 - ARA). Existem pessoas que julgam certas determinadas tradições, não as examinam, conforme as Escrituras.
Os judeus, como qualquer povo, possuíam seus usos, costumes e tradições. Quando o Evangelho influenciou muitas vidas, os judeus queriam que as pessoas continuassem observando as cerimônias judaicas; estas eram impostas como condição à salvação. (At 15.1). Ocorre que a lei não dava justificação plena: At 13.39. O problema surge, quando damos maior valor aos costumes do que a palavra de Deus. Outro lado da questão é se os costumes entram em conflito com a palavra de Deus. Quando o evangelho chegou a vários lugares, ele foi o gerador de novos costumes.
Em relação aos costumes qual deve ser a atitude do cristão: A Bíblia responde: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos nem à igreja de Deus" (1 Co 10.32). Quando uma pessoa recebe Cristo, é necessário que ela rompa com os ensinos que ele recebeu por tradição, se forem contrários aos princípios bíblicos. Paulo soube romper com a tradição, quando esta era conflitante com a Palavra de Deus. Os bons costumes devem ser para somar com a doutrina bíblica, a ética cristã e a moral evangélica. Há costumes bons e maus. A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram doutrina bíblica.
a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
b) A doutrina é imutável, o costume muda.
c) A doutrina é universal, o costume é local.
e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito.
f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa.

A doutrina não é baseada na experiência humana, mas na revelação divina, apresentada na Bíblia. Cristãos experimentam mudança como resultado de acreditar na verdade sobre Jesus Cristo. A experiência é baseada na doutrina e não o contrário.

Palavras gregas usadas para doutrina: didache, didaskalia = ensino, instrução.


4.COMO DEVEMOS ESTUDAR DOUTRINA
1. Com oração, pedindo a Deus que abra os nossos olhos para podermos ver as maravilhas de sua lei (1 Co 2.14; Sl 119.18).
2. Com humildade. (1 Pe 5.5). Para evitar o orgulho, devemos associar o conhecimento ao amor (1 Co 8.1).
3. Com a razão. A fé não está desassociada da razão (1 Pe 3.15).
4. Com a ajuda de outros. Deus estabeleceu mestres na igreja (1 Co 12.28). Isso significa que devemos ler livros escritos por teólogos preparados. Conversar com outros cristãos sobre teologia é também uma excelente maneira de conhecer mais sobre Deus.
5. Com zelo. O estudo precisa ser aplicado, dedicado, para ultrapassar a superficialidade e alcançar maior profundidade do conhecimento da Palavra. (2 Tm 2.15).


OBRAS CONSULTADAS:
ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997.

SILVA, Antonio Gilberto da. Manual de Escola Dominical, Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

RYRIE, Charles. Como Pregar Doutrinas Bíblicas. São Paulo: Mundo Cristão.

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD.

segunda-feira, 9 de março de 2009

AS BODAS EM CANÁ

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus. E foram também “convidados Jesus e os seus discípulos” (Jo 2:1,2). Sabemos que sempre é assim em festa de casamento, convidamos duzentas pessoas e aparecem seiscentas. Casamento em Israel era uma celebração que duravam dias, pois significava o enlace de duas famílias. Vinha gente de todo o lugar. Era uma festança! Logo faltou o vinho na festa e a mãe de Jesus ficou preocupada. O esposo deve ter se envergonhado ao receber a notícia do mestre-sala que o vinho teria acabado. A tristeza estava querendo ganhar espaço, só que ela se esqueceu que estava ali de penetra, pois não tinha sido convidada, mas Jesus foi convidado (v. 2) e sendo assim, não haveria lugar para tristeza. Festa e tristeza não combinam, mas Jesus combina com festa. Aliás, ele disse que veio para que a nossa vida fosse uma festa (Jo 7:38), e é uma festa maravilhosa porque não depende do que acontece do lado de fora, mas do lado de dentro da gente. A marca da nossa vida cristã é essa alegria da salvação.

Eu aprendo muito quando leio essa passagem do capitulo 2 do evangelho segundo escreveu João, pois vejo algo maravilhoso no versículo 3 quando a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Às vezes o vinho acaba. Vinho simboliza “alegria” e muita vezes a alegria acaba no casamento, no trabalho, na família e na alma e sobra somente água que é algo que não tem cor e nem gosto.

Existem muitas pessoas vivendo uma vida sem cor e sem sabor porque o vinho acabou quando menos se esperava.

A alegria pode ir embora por motivos diversos: pecado, sofrimento, decepção e etc. Não importa o motivo, a única forma de vê-la restaurada em nossas vidas é procurar Jesus, só Ele pode reverter o quadro.

É preciso abrir o coração. Não importa se a culpa pela tristeza é ou não sua.

Quando a tristeza chegou na vida de Adão ele se escondeu. Ao invés de imitarmos a Adão, que fugiu, temos um exemplo melhor para imitar o de Maria, que foi procurar a Jesus no momento em que o vinho acabou. No versículo 4 Jesus diz: Mulher que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

Não devemos nos assustar com a forma que Jesus respondeu a sua mãe, na cultura em que eles viviam não era falta de educação usar essas palavras que Jesus disse a Maria.

Maria sabia que Jesus ia fazer algo, tanto é que ela falou aos empregados para fazer tudo o que Ele mandasse (v. 5), ela conhecia Jesus e com certeza conhecia também aquele coração inundado de amor e compaixão pelos necessitados.
Em outras palavras ela estava dizendo fiquem perto dele, não tirem os olhos dele, pois a qualquer momento ele vai mudar a situação.Naquela festa havia muitos necessitados de um milagre de Jesus.


Os discípulos: Até aquele dia eles nunca tinham visto os milagres que Jesus era capaz de operar, pois eles foram atraídos pelo poder maravilhoso das palavras de Jesus que eram curtas, precisas, terríveis e cheias de refrigério, porém os seus olhos necessitavam contemplar os milagres.


Os empregados: Esses até então não estavam entendendo o porque que deveriam fazer tudo quanto ele mandasse, creio também que não entenderam o porque de carregar as talhas de água até o mestre-sala sendo que o necessário ali seria o vinho. Eles necessitavam de um esclarecimento.


O mestre-sala: Ele necessitava entender o que aconteceu, pois pensava que tudo aquilo era uma estratégia do noivo.


O noivo: Coisa triste é você fazer planos e se esforçar por eles e ver tudo indo por água abaixo. Jesus não gosta de envergonhar ninguém e muito menos deixar na mão nas horas mais difícil. O noivo não esperava um milagre, mas Jesus opera na hora certa para que todos entendam que ele é o Cristo.


Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente (v. 7). Eu entendo que para que aconteça um milagre em nossas vidas é necessário obedecer. Eu vejo em algumas passagens da Bíblia a parte divina somando com a parte humana.

As muralhas de Jericó (Js 6.20), a parte humana foi rodear a cidade, tocar as trombetas e gritar, a parte divina foi as muralhas caírem por terra.
A ressurreição de Lázaro (Jo 11.39-43), a parte humana foi tirar a pedra, a divina foi à ressurreição de Lázaro.

O milagre em nossas vidas é conseqüência da obediência ao Senhor.

Esse foi o primeiro milagre de Jesus (v. 11), e posso até dar um nome a esse milagre: “O milagre da transformação”.

Até hoje Ele continua transformando situações e pessoas.