sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

OUVINDO OS GEMIDOS

“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita á vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Romanos 8.19-23.

Quando ouvimos um doente gemendo com dores, ou uma pessoa machucada, ou uma pessoa chorando compulsivamente, sabemos muito bem o significado desses gemidos. Eles estão procurando ajuda, alguém que possa lhe trazer alívio, que possa ajudar na sua dor. Sensibilizados, fazemos alguma coisa para consolar, para socorrer e aliviar.
Assim como entendemos tão facilmente o significado desses gemidos, devemos também entender outro tipo de gemido: o gemido da alma à procura de redenção. Aparentemente esse outro tipo de gemido nem sempre se manifesta com dor e sofrimento visível, mas quase sempre se manifesta com aparência de prazer, de alegria, de violência, de rebeldia, de busca pela religiosidade.
Quando um jovem injeta drogas na veia, ou inala, ele está gemendo; quando uma pessoa se prostra diante de um ídolo e acredita que ele pode lhe ajudar, ela está gemendo; uma pessoa, mesmo sabendo que está servindo ao diabo no espiritismo em suas diversas formas, ela está gemendo; quando uma pessoa ingere continuamente álcool, criando uma falsa alegria, ela está gemendo; quando uma jovem entrega o seu corpo por prazer ou por dinheiro, ela está gemendo; quando uma pessoa rouba tornando-se um bandido, ela está gemendo; quando uma pessoa assassina outra, ela está gemendo; quando alguém diz que é incrédulo, está gemendo; quando a corrupção faz parte da cultura brasileira, ela está gemendo; quando órgãos públicos e empresariais da nossa nação são expostos à vergonha do roubo, da corrupção, da mentira, está emendo.
A cidade está cheia de gemidos de jovens, adolescentes, homens e mulheres, casais, políticos, empresários, religiosos, traficantes, ladrões, prostitutas, etc. Esses gemidos, em diversas formas de manifestações, são pedidos de socorro. É a expectativa de que alguém possa vir e ajudar, aliviar. E quem são as pessoas que podem fazer isso? Os filhos de Deus.
Qual a nossa resposta diante de tanto gemido? Podemos ficar parados diante de tanto caos, ou criticar, ficar com raiva, falar mal, desejar a morte das pessoas pecadoras ou ignorá-las, viver a nossa vidinha tranquila, não nos envolvermos. Mas essas não são as respostas que eles necessitam, que eles esperam. A resposta certa é a manifestação, a revelação dos filhos de Deus.
Quando nos envolvemos em trabalhos e alcançamos as pessoas em suas diversas necessidades, estamos nos manifestando. Quando nos importamos com o aumento da violência e saímos ao campo para ajudar diminuir, estamos nos manifestando. Quando nos importamos com as pessoas que sofrem catástrofes, que estão marginalizadas, estamos nos manifestando. Quando testemunhamos de Jesus para as pessoas aproveitando as oportunidades, estamos nos manifestando. Quando nos envolvemos ativamente em grupos de orações especificas pela libertação das pessoas, estamos nos manifestando. Quando nos envolvemos ativamente com os trabalhos da igreja que visam a evangelização, doando nosso tempo, trabalho, dinheiro, estamos nos manifestando como filhos de Deus.
Está na hora de afinarmos os nossos ouvidos para os diversos gemidos da nossa cidade, da nossa família, dos nossos parentes, dos nossos vizinhos, dos nossos amigos, dos nossos colegas de trabalho, de escola, da nossa rua, do nosso bairro, da nossa cidade, do nosso estado, da nossa nação, do nosso mundo, das nossas crianças, dos nossos adolescentes, dos nossos jovens, dos nossos velhos, dos nossos casais, da nossa polícia, dos nossos políticos, das nossas autoridades, etc.