quarta-feira, 26 de outubro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS


Os Dez Mandamentos foram entregues no Monte Sinai ao povo hebreu, por Deus, através de Moisés, separadamente do restante da Torá (ensinamentos). De acordo com a Bíblia, os Mandamentos escritos nas duas tábuas da Lei, foram escritas pelo dedo do próprio Deus sendo que os demais foram ditados e escritos em pergaminhos por Moisés e ambos falados diretamente ao povo. Em hebraico (língua original dos Mandamentos).
Os cristãos reconhecem no Decálogo uma importância e um significado basilares. Algumas igrejas ordenam a sua completa observância. Outros enfatizam a importância de seguir seus princípios, pois crêem que Cristo resumiu todos os mandamentos no amor a Deus e ao próximo.
Jesus interpreta a Lei do Amor da seguinte maneira: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." ~ "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
Se o cristão praticar o que Jesus ordenou estará vivendo uma vida eticamente cristã, pois esta ética nos ensina os princípios bíblicos que orientam a conduta cristã, nas diversas esferas da vida.


Visão geral
Os dez mandamentos eram leis que diziam como os israelitas deviam viver uma vida ética como uma nação. As leis vieram diretamente de Deus para Moisés e foram escritas em duas tábuas de pedra. Elas foram dadas a Moisés quando ele se encontrou com Deus no Monte Sinai durante o tempo em que os israelitas vagaram pelo deserto. Esses mandamentos eram uma aliança entre Deus e seu povo. Eles significavam o relacionamento e a promessa de amor e orientação de Deus. Essas leis foram feitas para ajudar os israelitas a se darem bem juntos e manter a sua adoração ao único Deus verdadeiro.
Deus deu esses mandamentos duas vezes aos israelitas. Moisés quebrou as primeiras tábuas num surto de ira quando viu os israelitas adorando um ídolo, um bezerro de ouro. Depois disso Deus deu os mandamentos a ele novamente (Êxodo 33.1 e 34.1). No Novo Testamento, Jesus diz que ele veio para cumprir os mandamentos. A aliança entre Deus e seu povo não é mais baseada na obediência aos mandamentos, mas no relacionamento com Cristo.

Os antecedentes bíblicos dos Dez Mandamentos
Os dez mandamentos são relatados duas vezes no Velho Testamento: a primeira vez no livro de Êxodo (Êxodo 20.2-17), na passagem que descreve o presente de Deus a Israel, e a Segunda vez em Deuteronômio (Deuteronômio 5.6-21), no contexto de uma cerimônia de renovação da aliança. Moisés lembra o seu povo da substância e do significado dos mandamentos, enquanto eles renovam a sua lealdade à aliança com Deus. Na língua original, os mandamentos são chamados de "as dez palavras". De acordo com o texto bíblico, eles são "palavras" ou leis, ditas por Deus, não o resultado de um processo legislativo humano. É dito que os mandamentos são escritos em duas tábuas. Isso não significa que havia cinco mandamentos em cada tábua. Ao invés disso, todos os dez estavam escritos nas duas tábuas, a primeira pertencia a Deus que deu a lei, e a segunda pertencia a Israel que recebeu as leis. Os mandamentos tratam com duas áreas básicas da vida humana. As cinco primeiras dizem respeito ao relacionamento com Deus, e as cinco últimas ao relacionamento entre os seres humanos.


O contexto dos Dez Mandamentos
Os mandamentos são inseparáveis da aliança. Deus garantiu o seu comprometimento com Israel e em retorno ele impôs certas obrigações sobre o povo israelita. Apesar das obrigações de Israel serem expressas detalhadamente mais pra frente, a expressão mais precisa e sucinta é dada nos Dez Mandamentos. Os mandamentos listaram os princípios mais fundamentais da lei hebraica. As leis detalhadas que estão no Pentateuco, na maior parte, aplicam os princípios em situações específicas. Desta maneira, o papel dos dez mandamentos na Israel antiga era de dar direção a um relacionamento. Eles não deveriam obedecer só por obedecer ou para ganhar algum tipo de crédito, mas sim para descobrir a riqueza e a plenitude de um relacionamento com Deus. Os mandamentos não eram meramente um código de ética ou conselho moral. A aliança era entre Deus e uma nação; os mandamentos eram diretamente direcionados a vida daquela nação e seus cidadãos. Conseqüentemente, o papel inicial dos mandamentos era parecido com aquele de uma lei criminal numa nação moderna. Israel era uma teocracia, uma nação cujo rei era Deus (Deuteronômio 33.5).
Os mandamentos proporcionavam orientação aos cidadãos da nação. Então, infringir um mandamento era cometer um crime contra a nação e contra o governador desta nação, Deus. As penalidades eram severas, pois quebrar um mandamento ameaçava a relacionamento da aliança e a existência continua da nação.


O significado dos Dez Mandamentos
Os mandamentos começam com um prefácio (Êxodo 20.2; Deuteronômio 5.6) que identifica Deus, que deu os mandamentos a um povo com quem ele já tinha um relacionamento. A pessoa que da a lei é o Deus do Êxodo, que redimiu o seu povo da escravidão e os deu a liberdade. Os mandamentos foram dados a um povo que havia sido redimido; eles não foram dados para alcançar a redenção. Há algumas variações na numeração dos mandamentos.
O capítulo 20.1-26. Deus fez escrever os dez mandamentos em duas tábuas de pedra. Foram guardadas dentro da arca durante séculos. Portanto, deu-se ao tabernáculo o nome de "tenda do testemunho" para lembrar aos israelitas que dentro da arca estava a lei e que deviam viver de acordo com ela. Os primeiros quatro mandamentos tratam das relações que devem imperar entre os homens e Deus, e os restantes têm que ver com as relações dos homens entre si. A ordem é muito apropriada. Somente os que amam a Deus podem em verdade amar a seu próximo.


O significado dos Dez Mandamentos consiste no seguinte:
a) Primeiro Mandamento - A unicidade de Deus: "Não terás outros deuses diante de mim - Há um só Deus e só a ele havemos de oferecer culto. A adoração a anjos, a santos ou qualquer outra coisa é violação do primeiro mandamento.

b) Segundo Mandamento - A espiritualidade de Deus: "Não farás para ti imagem." Proíbe-se não somente a adoração de imagens ou de deuses falsos, mas também o prestar culto ao verdadeiro Deus em forma errada. Tais coisas desagradam ao Criador. Deus é espírito e não tem forma.

c) Terceiro Mandamento - A santidade de Deus: "Não tomaras o nome do Senhor teu Deus em vão." Este mandamento inclui qualquer uso do nome de Deus de maneira leviana, blasfema ou insincera. Deve-se reverenciar o nome divino porque revela o caráter de Deus. Originalmente este mandamento se referia a não jurar pelo nome de Deus se o juramento fosse falso (Levítico 19.12), mas se permitia jurar pelo seu nome (Deuteronômio 10.20). Contudo, Jesus proibiu terminantemente jurar pelas coisas sagradas (Mateus 5.34-37). A simples palavra de um filho de Deus deve ser verdadeira, sem recorrer a juramentos.

d) Quarto Mandamento - A soberania de Deus: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." Um dia da semana pertence a Deus. Reconhece-se a soberania de Deus guardando o dia de repouso, visto que esse dia nos lembra que Deus é o Criador a quem devemos culto e serviço. "Santificar" o dia significa separá-lo para culto e serviço.

e) Quinto Mandamento - Respeito aos representantes de Deus: "Honra a teu pai e a tua mãe." O homem que não honra a seus pais tampouco honrará a Deus, pois esta é a base do respeito a toda a autoridade.

f) Sexto Mandamento - A vida humana é sagrada: "Não matarás." Este mandamento proíbe o homicídio mas não a pena capital, visto que a própria lei estipulava a pena de morte. Também se permitia a guerra, visto como o soldado atua como agente do estado.

g) Sétimo Mandamento - A família é sagrada: "Não adulterarás." Este mandamento protege o matrimônio por ser uma instituição sagrada instituída por Deus. Isto vigora tanto para o homem como para a mulher (Levítico 20.10).

h) Oitavo Mandamento - Respeito à propriedade alheia: "Não furtarás." Há muitas maneiras de violar este mandamento, tais como não pagar suficientemente ao empregado, não fazer o trabalho correspondente ao salário combinado, cobrar demasiado e descuidar a propriedade do senhor.

i) Nono Mandamento - A justiça: "Não dirás falso testemunho." O testemunho falso, desnecessário, sem valor ou sem fundamento constitui uma das formas mais seguras de arruinar a reputação de uma pessoa e impedida de receber tratamento justo por parte dos outros.

j) Décimo Mandamento - O controle dos desejos: "Não cobiçarás." A cobiça é o ponto de Partida de muitos dos pecados contra Deus e contra os homens. As palavras "porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que Visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (20.5) devem ser interpretadas à luz do caráter de Deus e de outras Escrituras. Deus é zeloso no sentido de Ser exclusivista, não tolerando que seu povo preste culto a outros deuses. Como um marido que ama a sua esposa não permite que ela reparta seu amor com outros homens, Deus não tolera nenhum rival Deus não castiga os filhos pelos pecados de seus pais senão nos casos em que os filhos continuem nos pecados dos pais. Castiga os que o "aborrecem" e não os arrependidos. "A alma que pecar, essa morrerá"; "o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho" (Ezequiel 18.20). Em vez disso, a maldade passa de geração a geração pela influência dos pais e quando chega a seu ponto culminante, Deus traz castigo sobre os pecadores (Gênesis 15.16; II Reis 17.6-23; Mateus 23.32-36).

Jesus e os Dez Mandamentos
a) O primeiro mandamento diz: "não terá outros deuses diante de mim." Êxodo 20.3 O que Jesus disse: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Mateus 4.10.

b) O segundo mandamento diz: ".Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." - Êxodo 20.4. O que Jesus disse: "Ninguém pode servir a dois senhores" - Lucas 16.13.

c) O terceiro mandamento diz: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;" - Êxodo 20:7. O que Jesus disse: "de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;" - Mateus 5.34.

d) O quarto mandamento diz: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." - Êxodo 20.8-10. O que Jesus disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor." - Marcos 2.27-28.

e) O quinto mandamento diz: "Honra a teu pai e a tua mãe" - Êxodo 20.12 O que Jesus disse: "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim" - Mateus 10.37.

f) O sexto mandamento diz: "Não matarás" - Êxodo 20.13 O que Jesus disse: "aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo" - Mateus 5.22.

g) O sétimo mandamento diz: "Não adulterarás" - Êxodo 20.14 O que Jesus disse: "aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." - Mateus 5.28.

h) O oitavo mandamento diz: "Não roubarás" - Êxodo 20.15 O que Jesus disse: "e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;" - Mateus 5.40.

i) O nono mandamento diz: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" - Êxodo 20.16 O que Jesus disse: "Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo." - Mateus 12.36.

j) O décimo mandamento diz: "Não cobiçarás..." - Êxodo 20.17 O que Jesus disse: "Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui." - Lucas 12.15.


Na ética dos dez mandamentos, o que importa não é só o não fazer, mas o praticar o que é justo e reto, com base no amor, de acordo com a vontade de Deus.


Referências Bibliográficas

BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL. João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

HOFF, Paul. O Pentateuco. Vida, 1983.

www.vivo.com.br. Acesso em 14 de setembro de 2011.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ATUAL NO ASSUNTO E NA SITUAÇÃO DA IGREJA CRISTÃ.

No prefácio o autor já afirma que o livro INCOMODARÁ a algumas pessoas e, de fato incomoda. Mas, também é um livro que impulsiona as mudanças. Todos que lêem este livro, com a mente aberta à realidade, a situação de sua igreja, têm mais a aprender do que a perder.


O autor não faz criticas ácidas à igreja ele faz criticas severas e verdadeiras. Mas, não só isto. Ele aponta soluções. Aponta os momentos de crise, o que causa a crise, e chama os responsáveis para buscarem soluções.

O autor termina o prefácio com as seguintes palavras: “Não espero que o leitor concorde com tudo que escrevi. Espero que ele incline a cabeça e pergunte: “Senhor, sou eu”?”. É ai que começa a verdadeira integridade.


O PRIMEIRO CAPITULO, É OPRÓBRIO

São apresentados algumas palavras que possa identificar a igreja, e ele refuta as palavras. Depois, parte por uma abordagem sobre o que aconteceu com a ética. Não apenas na igreja, mas no mundo. Daí parte para a realidade da igreja, e define que a melhor palavra para designar a situação da igreja é OPRÓBRIO.


O SEGUNDO CAPÍTULO: REGRESSÃO

Basicamente é o capitulo em que se compara a situação atual com uma situação que existiu no passado e que ao longo da história veio se degradando. Parte do tempo de Jesus, e o entendimento sobre o que é integridade. Por isto a palavra Regressão. Ou seja, vamos regredir o estudo e entender como é que era antes do que está agora.


TERCEIRO CAPÍTULO: REBELIÃO

Neste capítulo começa com a situação e algumas palavras do profeta Jeremias. È uma comparação com o que aconteceu no tempo em que Jeremias era profeta e Neemias também. As palavras continuam cortando a carne e expondo os problemas mais graves que a igreja cristã vem enfrentando ao longo dos séculos. A comparação entre as épocas se torna chocante a ponto de pensarmos, se não se trata da mesma história. Mas, não é! A corrupção do sacerdócio, da classe dos profetas e como a liderança usava a estrutura para dominar o povo antigo e atual.

Assim, o autor vai desenrolando o livro. Cada palavra um capítulo. Cada capítulo uma realidade da nossa sociedade em igreja. Não se espantem. O livro tem mais a intenção de ajudar do que atrapalhar a igreja. È tanto que o último capítulo é REAVIVAMENTO. A lista dos capítulos seguintes são estes:

- Revisão, Responsabilidade, Censura Reconstrução, Alívio, A Realidade, Riquezas, Recuperação Reavivamento.

Vale cada letra lida. Vale cada centavo investido. É claro que o livro já se tornou antigo pela data. Porém, é sempre atual no assunto e na situação da igreja cristã. Aconselho-te este precioso livro. Leia e compare.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A REFORMA PROTESTANTE


O PAGANISMO NA IGREJA
Nos primórdios do cristianismo as igrejas eram independentes e administradas sob a supervisão de um Bispo em cada região metropolitana. Os bispos eram perseguidos, encarcerados, maltratados e agredidos.Aqueles que haviam sido torturados, ostentavam grandes cicatrizes. Alguns estavam caolhos, aleijados e doentes. Apesar disso, não negaram a fé em Jesus e a Igreja prosperava a cada dia. Para ser cristão, nesse período, era necessário uma experiência pessoal e genuína com Cristo, do contrário, não seria possível suportar a perseguição.

Ao perceber o avanço do cristianismo, o império aliou-se a nova religião. Em 313 d.C. o tetrarca ocidental Constantino I, o grande , e Licínio, o tetrarca Oriental, promulgaram o édito de Milão, também referenciado como: édito da Tolerância, declarando liberdade de culto aos cristãos e dando fim a perseguição religiosa.

Tempos depois em 324 d.C, Licínio é assassinado e Constantino I passa a ser o único Imperador. Para manter a Igreja sobre controle, o Imperador converte-se ao cristianismo. No final de maio de 325 d. C, ele convoca um concílio ecumênico em Nicéia, e ao total, reuniram-se trezentos e dezoito bispos. O concílio durou dois meses e declarou o bispo de Alexandria como, patriarca dos bispos das regiões da África do Norte e arredores e o bispo de Roma, o legítimo líder emérito dos bispos do Ocidente.

A partir desta data, para ocupar o Bispado precisava-se do aval do Imperador. E, agora que a perseguição tinha cessado, para ser cristão não era mais obrigatório a experiência pessoal e a conversão genuína.

O golpe total sobre a Igreja veio em 380/381 quando o Imperador Teodósio promulga o Édito de Tessalônica declarando o cristianismo religião oficial do Imperador, trazendo para dentro da Igreja multidões de pessoas não convertidas que, para se tornarem agradáveis ao Imperador, faziam-se cristãos nominais, sem experimentarem a genuína conversão, introduzindo na Igreja heresias e práticas do paganismo reinante.

Dentre as heresias pode-se destacar no ano 400 d. C, o culto à virgem e aos santos, o fato de Maria passar a ser chamada Theotokos – mãe de Deus, a invenção da oração aos mortos e o sinal da cruz. Em 440 d. C, Leão Magno (Leão I) – Bispo de Roma, declara que o episcopado romano é a autoridade suprema da Igreja no mundo. Um constrangimento que o catolicismo mantém a sete chaves são os onze anos de pontificado da papisa Joana que teve inicio em 741 d. C.

CISÕES E CORRUPÇÕES NA IGREJA
Com a entrada do paganismo, os interesses particulares passaram a sobrepujar a doutrina cristã. A indicação para o papado era feita mediante suborno e muita corrupção; por exemplo, após a morte do papa Cônon (687 d. C), Pascoal subornou o arcebispo de Ravena, no intuito de também ser reconhecido como papa legítimo. Em Roma, tinham sido eleitos, nesse ínterim, Teodoro e também Sérgio I. como Pascoal não pagasse a quantia acertada a Ravena, o arcebispo de lá se decidiu em favor de Sérgio I. Teodoro submeteu-se a decisão e Pascoal foi parar no cárcere.

No inicio do segundo milênio da Era Cristã, tanto a igreja católica ocidental, liderada por Roma, como a ala oriental, liderada por Constantinopla, já haviam incorporado em suas práticas e liturgias vários pontos que seriam questionados pela Reforma. Assim, no ano de 1054, uma bula papal de excomunhão do Patriarca Oriental dói depositada no altar de Santa Sofia, em Constantinopla. Houve retaliação por parte do patriarca de Constantinopla e o Cisma estava configurado. A partir daí a história se divide e passamos a acompanhar muito mais a história da igreja romana, do que Ada igreja Grega Ortodoxa e de suas variações e ramos (Russa Ortodoxa, Marinitas, etc.).

Um outro Cisma no Catolicismo durou 40 anos (1377-1417). Nesse período houve simultaneamente dois papas, um em Avignon, na França e o outro em Roma. Os cardeais dos dois partidos pensaram em resolver a situação através da convocação de um Concílio em Pisa (1409). Os dois papas existentes são depostos e é designado um novo, Alexandre V. A cristandade tem agora três papas, já que Bento XIII e Gregório XII se recusam a abdicar. O imperador Sigismundo impõe então a João XXIII, sucessor de Alexandre V, a convocação de um novo Concílio em Constância (1414).

Durante o Concílio de Constança, 3 papas estiveram lá, toda a manhã, amaldiçoando-se uns aos outros e chamando seus oponentes de anticristos, demônios, adúlteros, sodomitas, inimigos de Deus e dos homens. Um deste papas, João XXIII (1410-1415) foi acusado por 37 testemunhas (na maioria bispos e padres) de fornicação, adultério, incesto, sodomia, roubo e assassinato. Foi provado, por uma legião de testemunhas, que ele havia seduzido e violado mais de 300 freiras. Seu próprio secretário, Niem, disse que ele havia em Boulogne montado um harém, onde não menos de 200 meninas tinham sido vítimas de sua lubricidade. Um registro no Vaticano oferece esta informação: Sua santidade, o papa João XXIII, cometeu perversidade com a esposa do seu irmão, incesto com santas feiras, relações sexuais com virgens, adultério com as casadas, e todos os tipos de crimes sexuais totalmente devotado ao sono e outros desejos carnais, totalmente adversos á vida e ensino de Cristo, ele era chamado publicamente de o diabo encarnado.

Para aumentar sua fortuna, João XXIII cobrou impostos sobre quase tudo – incluindo prostituição, o jogo e a usura. Ele tem sido chamado de o mais depravado criminoso que já sentou no trono papal.

Os cismas e as imoralidades, acima relatadas, fragilizaram, gravemente a autoridade pontifica, acendendo duras críticas à igreja. Deste modo, começaram a surgir movimentos reformistas que pregavam uma vida cristã mais coerente com o Evangelho. Destes movimentos podem-se destacar: os valdenses, no século XII, conhecidos como os pobres de Lyon ou os pobres de Cristo – que questionaram a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Os cátaros ou albigenses – que defenderam nos séculos XII e XIII um ascetismo exacerbado e os Petrobrussianos – que rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres.

PRINCIPAIS PRECURSORES DA REFORMAJohn Wycliff - Um dos grandes precursores da Reforma foi John Wycliff. Nascido na cidade de Yorkshire, Inglaterra, em 1329. foi professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI, Wycliff queria reformar a Igreja Romana através da eliminação dos clérigos imorais e pelo despojamento de sua propriedade que, segundo ele, era a fonte da corrupção.

As obras mais proeminentes foram: A Verdade das Sagradas Escrituras, O Poder do Papa, Apostasia e Eucaristia. Convicto de que a Bíblia é a lei de Deus, resolveu dá-la ao povo na sua própria língua. Entre 1382 e 1384 as Escrituras foram traduzidas da Vulgata Latina para o Inglês. O arcebispo de Cantuária reuniu um sínodo em Londres que condenou 24 teses de Wycliff. Ele não mais lecionou em Oxford e seus sacerdotes pobres foram presos. Pessoalmente, Wycliff não foi atacado, em virtude do forte apoio popular e da corte de que ainda gozava.

Morreu, no exercício de seu pastorado em Lutterworth, no ultimo dia do ano de 1384 tinha vivido 55 anos. Trinta anos após sua morte o Concílio de Constança (1414-1415) o condenou como “o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução em sua língua materna”. Em 1428, a igreja Romana deu ordem para cavar sua sepultura, queimar os seus ossos, e lançar suas cinzas no rio Swift. John Wycliff foi o principal expoentede medidas reformadoras e, por isso, é chamado de: “Estrela d’Alva da Reforma”

João Huss - Um dos grande seguidores de Wycliff, foi João Huss. Nascido em 1369, em Husinec 975 kn de Praga) cursou o bacharelado e o mestrado em teologia e tornou-se famoso por divulgar as idéias de Wycliff e tornar-se reformador da Boémia. Em 6 de Julho de 1415, em Constança, no dia de seu aniversário, foi queimado vivo por ordem da Igreja Romana, estava completando 46 anos de idade. Antes de ser queimado, Huss disse as seguintes palavras ao carrasco: “Vocês hoje estão queimando um ganso (Huss significava ganso na lingua boêmia), mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar. Costuma-se identificar Martinho Lutero com esta profecia (que 102 anos depois pregou suas 95 teses em Wittenberg).

Jerônimo Savonarola - A vida do monge italiano Jerônimo Savonarola nascido no dia 21 de setembro (1452-1498), um dos precursores da Reforma do século XVI, abrangeu vários campos da atividade humana na cidade italiana de Florença. Em seus sermões atacou violentamente os crimes de Roma e pregava como um dos profetas hebreus. Savonarola terminou preso por ordem papal e foi condenado à morte. Em 25 de maio de 1498, foi enforcado e queimado na grande praça de Florença, aos 46 anos de idade, dezenove anos antes das 95 Teses de Lutero.

Vários outros clérigos passaram a difundir as idéias de Wycliff E Huss. Entretando, em virtude de nosso pouco espaço, apresento para este trabalho apenas esses três.

MOTIVOS QUE LEVARAM A REFORMA
No início do século XVI, a decadência moral do catolicismo romano era assustadora. Alexandre VI (1492-1503) ganhou sua eleição para o papado subordinando cardeais. Muitos o consideram mais corrupto dos papas da Renascença. Ele viveu em incesto público com suas duas irmãs e com a própria filha, Lucrecia, de quem se diz que teve um filho. Em 31 de outubro de 1501, promoveu uma orgia de sexo no Vaticano, que não teve igual em terrível horror nos anais da história humana.

Anos depois João de Médice, que assumiu o nome de Leão X, tornou-se papa de forma inusitada (1513-1521). Ele recebeu o chapéu do papa Inocêncio VIII, na idade de 13 anos – tratava-se de um acordo entre papa e o pai de João Médice, o poderoso governante de Florença. Aconteceu que o papa Inocêncio VIII tinha um filho natural que havia se casado com a irmã de João de Médice (Leão X). Mas tarde Leão X, deu o chapéu de papa a um neto de Inocêncio VIII, o qual era também sobrinho de Leão X – esta ação também fazia parte do acordo firmado anteriormente.

Leão X tornou-se um grande corrupto. A venda de indulgências predominou durante o seu papado. Tudo começou quando o arcebispo de Madnburgo reivindicou junto ao papado a acumulação das funções das dioceses de Mayence e Hlberstadt, na Alemanha. A confirmação dada pelo papa Leão X (da família dos banqueiros Médice de Florença), em agosto de 1514, custaria ao arcebispo, à soma de 14 mil ducados, acompanhada de uma concessão voluntária de mais 10 mil ducados.

A intermediação do negócio entre o arcebispo e o papa foi reservada ao grande banqueiro Jacob Fugger, o rico. Foi para pagar os adiantamentos de Fugger que o papa Leão X concedeu ao arcebispo permissão de vender indulgências ao preço entre 8 e 9ducados cada uma, nas condições do seu arcebispado.

A concessão, conforme determinou a bula papal de31 de março de 1515, se estenderia por oito anos, sendo que o arcebispo e o pontífice dividiriam entre si os proventos alcançados repassando-os ao credor Fugger. Sendo queLeão X, com o que lhe cabia, pensava em acelerar as obras do Vaticano, então em construção. Todavia, Maximiliano, o imperador do Sacro Império Romano-Germano, desde que fora informado do acordo, exigiu sua participação, reclamando para si, durante os três primeiros anos, 1/3 do que fosse recolhido entre os crentes temerosos das penas eternas.

John Tetzel, conhecido como homem de má conduta, mas que era habilidoso na arte de levantar fundos, foi indicado para vender as indulgências na Alemanha. Diante da cruz era colocado um grande cofre de ouro para receber o dinheiro e em seguida, o povo era induzido de várias maneiras, a comprar indulgências.

Tetzel levava consigo um quadro do diabo atormentando as almas no purgatório e repetia freqüentemente as palavras que apareciam na caixa de dinheiro: Sobald der pfennig im kasten klingt, kie seel aus dem Fegfeuer springt, que traduzido livremente significa, Assim que o dinheiro no cofre cai, alma atribulada do purgatório sai. Os ricos davam grandes doações, enquanto os pobres camponeses sacrificavam o que podiam a fim de ajudarem seus queridos no purgatório, ou para obter perdão de seus pecados.

Além disso, o alto clero, a começar pelo papa, explorava a crendice popular praticando a simonia, ou seja, o comércio de artigos religiosos. Entre os produtos comercializados encontravam-se tíbias do jumento montado por Jesus quando entrou em Jerusalém, pedaços do manto da virgem Maria, frascos contendo ar da gruta de Belém e uma série de outras relíquias falsificadas.

Obras consultadas:
OSLON. Roger. História da Teologia Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001. p. 156.
FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Léxico de Papas. Petrópolis: Editora Vozes, 1991. p. 44.
MARK A. Knoll. Momentos Decisivos na História do Cristianismo. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998
WOODROW, Ralph. Babilônia: a Religião dos Mistérios, Cap. 9, p. 70-71, Cap.12, p.101-102.
HUGHES, Philip. História da Igreja Católica. Asão Paulo: Dominus Editora S.A, 1962.
ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, 1995.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

NOSSA PRIORIDADE COMO IGREJA


Parece que foi ontem que nós estávamos abrindo o ano de 2010 e já chegamos no meio de 2011. Os dias correm, o tempo voa e os acontecimentos nacionais e mundiais não nos deixam esquecer das palavras proféticas do Senhor Jesus sobre estes tempos.
Guerras e rumores de guerra, pais contra filhos e filhos contra pais; fome, catástrofes, terremotos e maremotos. Quando lemos o capítulo 24 do Evangelho de Mateus parece que estamos lendo as páginas dos nossos jornais. Nunca estivemos tão perto do fim. Diante disso, e mais do que nunca é hora de arregaçarmos as mangas, nos revestirmos da armadura de Deus e cumprirmos o Ide do Senhor para esta geração, que caminha a passos largos para o fim trágico daqueles que não conhecem a Jesus como Senhor e Salvador.
Na grande Comissão, Jesus ordenou a seus discípulos que fossem por todo o mundo, e pregassem o Evangelho a toda a criatura (Marcos 16.15). A igreja foi levantada embaixo de uma ordem “Ide”.
A tarefa de evangelizar está inacabada; E a Vinda de Jesus se aproxima! O que fazer para alcançar tantos perdidos em todos os lugares? Não há respostas fáceis. Pois em pleno século XXI, existem aqueles que estão acomodados e também existem aqueles cristãos nominais, e os que pertencem a quaisquer religiões que se dizem cristãs, e pregam doutrinas errôneas atrapalhando a chegada de muitos ao conhecimento do Caminho, da Verdade e da Vida (João 14.6).
A realidade espiritual do mundo, no presente século, é muito confusa. Há muitas religiões, mas pouca visão do que é ser cristão, do que significa salvação. Muitos dos pentecostais, que foram gerados para fazer a diferença, se deixaram levar em grande número, pelas influências das inovações (mundanismo), e estão perdendo suas características.
Os neopentecostais já chegaram na onda de um movimento evangelístico modernista, adotando práticas importadas de igrejas de países do chamado primeiro mundo, com doutrinas extra-biblicas e anti-biblicas, caracterizando-se muito mais por uma movimentação em busca do marketing do que do mover do Espírito Santo. O show humano substitui o clima de reverência e poder do Espírito de Deus.
Evangelizar é Missão de risco! É pescar, é semear, é tirar alguém do fogo, é livrar os que estão destinados à matança (Provérbios 24.11), é entrar numa guerra espiritual, muitas vezes no terreno do adversário. Difícil, num mundo secularizado; desafiador, numa época em que grande parte dos cristãos já se acostumou com as facilidades do presente século. Mas não é impossível. E o “Ide” de Jesus continua a soar solene e imperativo.
A Igreja pode ter a teologia; pode realizar a ação social, pode fazer retiros, visando humanizar e melhorar a vida das pessoas em seu meio, ou em sua volta. Mas não pode fugir da sua missão na terra, que visa glorificar a Deus e proclamar o seu Reino.

Neste contexto, continuamos trabalhando e orando ao Senhor da seara para que envie mais trabalhadores para esta obra de evangelização, pois o nosso primeiro objetivo em 2011 como igreja deve ser ganhar almas para a glória de Deus.