sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A IGREJA E O CULTO


Segundo Plilip Yancey, o objetivo da Igreja não é oferecer entretenimentos, nem encorajar vulnerabilidade, nem melhorar autoestima ou facilitar amizades. O objetivo da Igreja é e deverá ser sempre, adorar a Deus e pregar a sua Palavra! Eu concordo.
A maioria das Igrejas dos dias atuais têm “apetrechos” demais, modismo demais e os cultos são verdadeiros show de entretenimento religioso, pregadores sensacionais que “contam estórias fantásticas” extraídas de livros sem vida, e as coisas sérias de Deus vão sendo negligenciadas. A Palavra de Deus viva e poderosa já não é mais pregada com tanta ênfase, até porque hoje em dia, a programação dos cultos (liturgia) é tão intensa que o espaço dedicado à Palavra é muito curto – e é a Palavra que evangeliza, fortalece, consola, edifica e dá sabedoria, esse espaço a cada dia fica mais curto, já no final do culto, quando as pessoas já estão com seus corpos cansados e os olhos voltados para o relogio. Não há preparo espiritual, os crentes acreditam em todos os ventos de doutrina que sopram e invadem as Igrejas. Quando não era crente gostava de horóscopo e cartomantes, dentro da Igreja passa a  gostar de “sonhos”, “revelações”, “profecias”, e há todo um investimento por parte das lideranças das Igrejas nesse sentido, e estes passam a gostar desenvolvendo no povo um certo tipo de dependência, mais dessas coisas do que do ensino da Palavra de Deus. Alguns líderes já não exortam mais a Igreja a procurar na Bíblia à vontade de Deus para nossas vidas mostrando que a comunhão com Deus é a única maneira de não perdermos a rota de que Ele traçou para nós. Quanto mais a Igreja se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, menos ela precisará do que possa vir de fora. Quanto mais a Igreja se relacionar com Deus e se habituar a orar, a conversar com Ele, menos dependerá de “profecias” e “revelações”. As Igrejas hoje estão repletas de “mendigos espirituais” e poucos adoradores. Essa mendicância já está tão disseminada em nosso meio que as pregações giram praticamente em torno “de bênçãos” (carro, casa, chave e etc.). Algumas Igrejas vivem de artifícios para manter público e isto é uma manipulação moderna. 
O louvor com seus corinhos de letras e rimas repetitivas, a titulo de adoração, têm substituído os verdadeiros hinos baseados na Palavra de Deus e verdadeiramente inspirados pelo Espírito Santo. E com essa prática e emoção religiosa se torna cada vez mais agradável do que a doutrina básica da Bíblia. A pregação do Evangelho é dirigida a Fé, “a Fé repousa sobre o caráter de Deus”. A mensagem da cruz tem que convencer o pecador de que Jesus salva, liberta, transforma, batiza com o Espírito Santo e leva para o céu. O salvo por sua vez tem que ser induzido, estimulado a conhecer mais e mais esse Jesus Maravilhoso e isso só é possível com a pregação da Palavra de Deus. Eu entendo que tudo que toma o espaço da pregação da Palavra de Deus é inimigo de Deus, é perseguição ao Evangelho. Tudo que prende a atenção da Igreja quando esta deveria estar meditando sobre Deus e as coisas eternas, qualquer outra coisa que esteja sendo dita além das Escrituras, prejudica a alma do crente. Só a Teologia deve ser pregada, cantada e ensinada nas Igrejas. As Igrejas de nossos dias não têm dado a devida importância e valor à Volta de Jesus Cristo, que é o amanhã ou mesmo o hoje de todos nós. Deus é misericordioso e amoroso, mas também é calculista e exigente. O Deus impiedoso do Antigo Testamento não mudou ao enviar Cristo. Tiago 1.17 diz que Deus não muda, e diz mais: a raiva de Deus se acumula pelos séculos (Ap 15.7). o pior engano do cristão é achar que Deus é algo que Ele não é e isso é falta de conhecimento da Palavra de Deus. A maioria dos cristãos atuais fogem da verdade que dói, a alienação espiritual na Igreja é quase que total. A maior parte dos crentes interpretam mal a Bíblia, algumas Igrejas estão repletas de “crendices” e todos chamam a Bíblia de “arma”, “espada”, mas poucos sabem usá-la.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

OS PAIS DA IGREJA


Nos primeiros quatro século da Igreja, muitos homens se destacaram pela piedade e devoção a Cristo, mesmo no clima de perseguição em que a Igreja vivia. Esses homens foram chamados “PAIS DA IGREJA” pela vivência mais direta com os problemas da Igreja naquela época e também pela comunhão que mantinha não só com os apóstolos, mas com todos os cristãos.
1) Clemente – (30-100) Era um crente de Filipos (Fp 4.3) que juntamente com Paulo, Evódia e Síntique trabalharam muito na obra de Cristo, evangelizando. Clemente é identificado como um dos primeiros pais da igreja, até mesmo como um bispo de Roma, no fim do 1º século de nossa era. Todavia, como a época de sua morte é incerta e o nome Clemente era muito comum naquela época, essa informação é reputada como incerta.

2) Inácio – (67-110) Foi discípulo do apóstolo João, bispo de Antioquia e preso por ordem do Imperador Trajano quando visitava essa cidade. O próprio Trajano presidiu seu julgamento e sentenciou que Inácio fosse lançado às feras em Roma. Na viagem para Roma, Inácio escreveu uma longa carta aos cristãos romanos, pedindo-lhes que evitassem conseguir o seu perdão junto ao Imperador, pois ansiava ter a honra de morrer pelo Senhor.

3) Policarpo – (69-156) Também foi discípulo do apostolo João e bispo de Esmirna. Na perseguição ordenada pelo Imperador Antonio, o Pio, foi preso e levado à presença do governador. Ofereceram-lhe a liberdade se amaldiçoasse a Cristo, mas ele respondeu: “Oitenta e seis anos faz que só me tem feito bem. Como poderei eu, agora amaldiçoa-LO, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”. Policarpo morreu queimado vivo por ordem do Imperador.

4) Papias – (70-155) Outro discípulo do apóstolo João e bispo de Hierápolis, cidade a aproximadamente 160 km à leste de Éfeso. Papias e Inácio, formam o elo de ligação entre a era apostólica e a seguinte. Seus escritos tratavam da vida e das palavras de Cristo.

5) Justino – (100-167) Nasceu em Neápolis, antiga Siquem, mas ou menos na época da morte do Apóstolo João. Era filho de pais pagãos, estudou Filosofia, foi um dos homens mais cultos de sua época e, ainda muito jovem, testemunhou as perseguições sofridas pela Igreja. Converteu-se e foi um dos primeiros missionários do período pós-apostólico. Como era um dos mais respeitados apologistas da época, escreveu uma de suas apologias e enviou ao Imperador Antonio, O Pio, e a seus filhos adotivos. As apologias faziam um apelo racional aos líderes pagãos e davam uma interpretação inteligente ao Cristianismo. Ele foi considerado o principal apologista do século II. Escreveu também ao Senado e ao povo romano, exortando-os a examinar melhor as acusações contra os cristãos. Morreu martirizado em Roma.

6) Irineu – (130-200) Enfrentou um governo hostil a quem procurou convencer com os argumentos de suas produções literárias. Viveu seus primeiros anos em Esmirna, foi discípulo de Policarpo e Papias. Viveu muito e veio a ser bispo da Igreja em Lião, na Gália. Foi notável, principalmente por causa dos livros de apologia que escreveu contra o agnosticismo. Morreu martirizado.

7) Tertuliano – (160-220) Foi o principal apologista da Igreja Ocidental. Nascido em Cartago, na África, ele é considerado “O Pai do Cristianismo Latino”. Era advogado competente, romano, pagão, conhecedor do grego e latim e portador de dons extraordinários, de pensamento fértil, de linguagem vigorosa, elegante, vívido e satírico. Converteu-se ao Cristianismo e esses dons aliados a um zelo profundo por Cristo e grande senso de moralidade, deram-lhe notável e poderosa influência. Em muitos de seus escritos refutou falsas acusações contra os cristãos e o Cristianismo, salientando o poder da verdade cristã.

8) Orígenes – (185-254) Foi o homem mais ilustre da Igreja Antiga. Viajou muito pregando o Evangelho, escreveu muitos livros com milhares de cópias, empregando às vezes vinte copistas. Dois terços do Novo Testamento estão citados em seus escritos. Foi aluno de Clemente e viveu por muitos anos em Alexandria, onde seu pai Leônidas, sofreu martírio. Sua obra é o primeiro grande tratado cristão de Teologia Sistemática. Entretanto, ele negou a ressurreição física de Jesus. Habitou na Palestina onde foi preso e martirizado por ordem do Imperador Décio.

9) Eusébio – (264-340) Conhecido como “O Pai da História Eclesiástica”, ele foi bispo de Cesaréia ao tempo de Constantino. Teve muita influência junto a este imperador. Escreveu uma “HISTÓRIA ECLESIÁSTICA”, indo de Cristo ao Concílio de Nicéia.

10) Jerónimo – (340-420) Considerado “O mais Ilustre dos Pais da Igreja”, ele foi educado em Roma e viveu muitos anos na cidade de Belém da Judéia. Traduziu a Bíblia para o latim, chamada “Vulgata”, ainda hoje usada como texto oficial da Igreja Católica Romana.

11) João Crisóstomo – (345-407) Ficou conhecido como “O BOCA DE OURO”, por haver se revelado um orador inigualável e o maior pregador do seu tempo. Suas pregações eram expositivas. Nasceu na cidade de Antioquia e veio a ser patriarca de Constantinopla. Pregou à grandes multidões na Igreja de Santa Sofia. Como reformador, caiu no desagrado do rei; foi banido e faleceu no exílio.

12) Agostinho – (354-430) Foi bispo de Hispana, ao norte da África, tornando-se conhecido como o grande teólogo da Igreja Antiga. Mais do que qualquer outro, moldou as doutrinas da Igreja da Idade Média. Quando jovem, brilhou por sua cultura. Tornou-se cristão por influência de Mônica – mãe de Ambrósio, bispo de Milão, e das epístolas do Apóstolo Paulo.

Os Pais Apostólicos são: Clemente, Inácio, Policarpo, Papias. O objetivo deles era exortar e edificar a Igreja.
Os Apologistas são: Tertuliano e Justino. O objetivo deles era defender o Cristianismo.
Os Teólogos Científicos são: Irineu, Tertuliano, Orígenes, Jerônimo, Ambrósio, Agostinho, Crisóstomo e Teodoro. O objetivo deles era aplicar métodos científicos na interpretação bíblica.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CORAGEM PARA PROSSEGUIR

Quase todo mundo se cansa e perde a esperança de vez em quando, especialmente quando as coisas não estão indo bem. Ficamos naturalmente mais cansados quando nadamos contra a correnteza, lidamos com oposições e cuidamos das feridas.
Às vezes é bom quando alguém que amamos caminha conosco nesses momentos e diz: "Ei, eu me importo com você. Não desista ou se entregue. Estou do seu lado." Ajuda muito saber que não estamos sozinhos.
"Simão....", disse Jesus, "eu orei por ti, para que a tua fé não desfaleça". É um conforto saber que Jesus intercede por nós, apesar do pecado que pode ter nos levado aos problemas que estamos vivendo. A fé não é apenas uma questão individual, ela envolve também nosso relacionamento com Deus. E Deus quer que essa relação cresça.
Quando temos que atravessar uma pinguela, ou uma ponte móvel sobre um abismo é melhor fixarmos os olhos em algo imóvel do outro lado e prosseguir. Olhar para trás, ou para baixo, é um risco tremendo. O medo toma conta de nós, perdemos o equilíbrio e podemos cair. Diante dos abismos e perigos da vida, Deus nos pede para olharmos firmemente para Jesus e prosseguir. Ele, que intercede por nós, nos encherá de coragem e esperança e fará nossa fé triunfar.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O INICIO DEVE SER OBSERVADO

O primeiro capitulo de Gênesis apresenta Deus trabalhando. Geralmente a nossa atenção se dirige às coisas criadas. Entretanto, esse livro tem muito a nos ensinar sobre seu principal personagem: O próprio Deus. Assim como as nossas obras mostram o nosso caráter, também a criação revela diversos aspectos da natureza divina.

Entre Gênesis 1.1 e 2.3, sete dias se passaram. Vemos ali um exemplo de como aproveitar bem a semana. Nos seis primeiros dias, Deus fez toda a sua obra e no sétimo descansou. Em cada dia, algo significativo era feito. Nós também precisamos usar bem o nosso tempo. Quantas pessoas deixam a semana passar e não resolvem o que precisa ser resolvido nem fazem o que deve ser feito. Assim passa o mês, os anos, a vida. Muitos querem descansar antes de trabalhar e sofrem por isso. O exemplo que Deus nos deu é bem diferente. A preguiça não encontra apoio bíblico. O trabalho excessivo também não. Os preguiçosos sofrem necessidades e quem trabalha excessivamente sofre desgastes físico e mental. Trabalhar e descansar são importantes, cada um na medida e no tempo certo.

Deus poderia ter dito: “haja tudo”, e tudo de uma vez passaria a existir. Então teríamos apenas um versículo narrando a criação. Sabemos que não foi assim. Podendo fazer tudo de uma só vez, ele quis dividir seu trabalho em etapas. No primeiro dia Deus cria a luz cósmica, no segundo dia o firmamento, no terceiro dia a terra seca e no quarto dia os luzeiros, ou seja, os astros. Nesses quatro dias Deus põe em ordem a criação. No quinto dia cria os peixes e as aves, no sexto dia os animais e o homem. No quinto e sexto dia Deus da vida a criação. No sétimo dia houve o descanso de Deus aonde ele declara que a criação é boa.

O texto de Gênesis 1 nos mostra, de maneira bem interessante, que Deus é organizado. Ele fez todas as coisas na ordem necessária. Primeiro a água, depois os peixes. Primeiro o céu, depois as estrelas. Primeiro os minerais, depois as vegetais e por último, os animais. Deus não começou criando um boi para deixar o animal mugindo de fome.

Uma das formas de vê o sofrimento natural na vida do homem é através da desordem em casa, no trabalho, na escola, e etc, dificilmente alcançaremos um bom nível de realização através da desordem. Adiantar, atrasar ou inverter a ordem pode causar muito sofrimento.

A criação do homem foi um ato de amor do criador. Assim como o oleiro toma o barro em suas mãos para moldar o precioso vaso, Deus formou o ser humano do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego de vida e o colocou em um jardim preparado com todo carinho.

É interessante observarmos que Deus, embora tenha feito tanto, ainda deixou muitas coisas para que o homem fizesse. É assim até hoje. Ninguém deve pensar que Deus fará tudo sozinho. Em varias questões da vida, nossa participação, decisão e trabalho são importantes. O mais difícil ele fez, que foi criar o ouro. Agora, cabe ao homem encontrá-lo. E, em casos assim, não basta orar é preciso trabalhar. Refiro-me ao ouro como uma ilustração para tudo aquilo que possa ser importante e valioso para cada um de nós.

Também está escrito que Deus colocou Adão no Éden para lavrar e guardar. O trabalho não é castigo pelo pecado, como muitos pensam, pois ele já existia antes que o homem pecasse (Gn 2.15). Porém, após a queda, o trabalho se tornou árduo (Gn 3.19), pois depois da queda entrou o sofrimento na vida do homem.

Nas palavras de despedida de Jesus aos seus discípulos ele disse: Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16.33). Essas aflições são o sofrimento que enquanto estivermos aqui teremos que suportar, pois faz parte da história da humanidade.

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34).

É importante que aprendamos a respeito do sofrimento natural que brotou no Éden para que possamos ter atitudes corretas diante dele.

No meio do jardim havia duas arvores: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Sabemos que através desta ultima, veio a transgressão humana. Satanás sempre oferece experiências interessantes que acabam por destruir aqueles que a realizam. O fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal trazia consigo uma promessa de conhecimento. Será que Adão e Eva não conheciam o bem? Depois de haverem comido o fruto proibido, constataram que o bem era exatamente a forma de vida que tinham antes daquele ato pecaminoso. Depois de terem comido eles concluíram que estavam muito bem antes, e para eles eram tarde demais para voltar e recuperar o estado anterior.

Por quê Deus colocou aquelas duas árvores no meio do jardim? Podia haver ali apenas a árvore da vida e tudo seria mais simples. Entretanto, o Senhor deu ao homem o direito de escolha, não desejando que a humanidade o servisse apenas por falta de opção. Antes do pecado, o homem vivia envolvido pelo bem, embora não tivesse consciência disso. O mal já existia, mas Adão não o conhecia. Por isso, dependia de Deus para protegê-lo. E foi isso que o Senhor fez ao alertá-lo a respeito daquele fruto.

A serpente junto à árvore do conhecimento do bem e do mal, comportou-se como um vendedor desonesto que faz propaganda enganosa do seu produto, escondendo as desvantagens e anunciando as vantagens, que sejam verdadeiras ou falsas. Esse tipo de comerciante também procura esconder o preço, geralmente alto. Se for muito baixo, é possível que a mercadoria seja ruim. É comum colocar-se em destaque uma prestação irrisória, enquanto que o número de parcelas, a taxa de juros e o valor total, geralmente absurdo, estão em letras miúdas.

De acordo com a cobra possuída, o fruto traria os seguintes benefícios: abrir os olhos, tornar o homem igual a Deus, fazendo-o conhecedor do bem e do mal. Isso seria verdade? E, se fosse, seria beneficio? Eva achou que sim. É verdade que os olhos de Adão e Eva seriam abertos, mas isso não seria bom. O ser humano já era semelhante a Deus (Gn 1.26) e jamais se tornaria igual a ele. Deus criou o homem à sua própria imagem. Isto não quer dizer que o homem se pareça fisicamente com Deus, pois ele não tem um corpo físico (Jo 4.24; Lc 24.39). O que significa é que o homem tem consciência racional e livre arbítrio para determinar seus próprios atos. Essa liberdade explica por que o sofrimento se originou. O pecado que satanás cometeu no céu quando quis ser igual a Deus, era o mesmo que estava sendo proposto para Eva naquele momento.

As desvantagens foram camufladas: “Certamente não morrereis”. Parecia que o produto seria gratuito, entretanto, até hoje a humanidade não acabou de pagar a conta.

Eva poderia ter dito: Vou conversar com Deus e com meu marido sobre o assunto. Pelo contrario, ela decidiu na hora, por si mesma. Fechou um mau negócio precipitadamente. Depois que a mente de Eva já tinha sido convencida, o ato físico foi mera conseqüência. O pecado foi então consumado. O primeiro casal cometeu a primeira loucura humana.

O pecado como acontece quase sempre, foi simples, fácil e rápido. Ai está o problema: não é difícil pecar. Entretanto, o trágico desdobramento que se seguiu foi bastante complexo. É muito fácil furar um cano que está dentro da parede, depois fica difícil ou impossível controlar a água que jorra. A transgressão desencadeou uma série de fatos incontroláveis.

Adão e Eva tiveram seus olhos abertos e o que viram? Maravilhas que antes não conheciam? Viram que estavam nus e se envergonharam. Eles não eram cegos antes do pecado. Eles enxergavam. Contudo, agora, viam as coisas de uma forma diferente. Acabou a inocência e a pureza do olhar.

Tendo comido do fruto do conhecimento, agora conheciam um pouco mais e isso lhes trouxe sofrimento. Os animais não sabem que vão morrer um dia. Nós sabemos, e isso nos faz sofrer. E quando alguém que amamos morre não queremos aceitar, pois a morte não estava nos planos de Deus para o homem, mas hoje é conseqüência do pecado e uma forma de sofrimento natural.

Quando seus olhos foram abertos, o homem olhou para si mesmo e sua auto-imagem foi destruída. O pecado faz isso. A pessoa tem vergonha de ser o que é. Adão olhou também para Eva. O pecado muda nossa forma de ver o próximo. A impressão que tiveram um do outro foi tão negativa que se apressaram em fazer roupas para se cobrirem. A nudez se tornou vergonhosa. Antes não conheciam sentimentos negativos, nem mesmo o mais leve constrangimento.

Quando seus olhos foram abertos, eles passaram a ter também uma nova idéia sobre Deus e se esconderam dele. O pecado nos faz pensar no castigo e destrói nossa relação com o Senhor.

O pecado traz conseqüências imediatas e futuras, afetando o presente e o futuro, a curto, médio e longo prazo. É como as bombas atômicas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki. Milhares de pessoas morreram queimadas no mesmo instante, mas até hoje a radioatividade causa aleijões em algumas crianças que nascem ali.

Quando Eva pecou, a primeira conseqüência foi o segundo pecado: de Adão. Um pecado leva a outro e a outro e a outros tantos. Imediatamente, o ser humano começou a experimentar a vergonha, a culpa e o medo do próprio Deus. O texto não diz, mas eles devem ter sentido também decepção, tristeza, angustia, remorso, uma barreira entre eles e Deus e outras coisas ruins. Começava ali a história do sofrimento humano.

O CRISTIANISMO

O termo cristão aparece por três vezes no Novo Testamento, embora o termo “cristianismo” nunca figure ali. Entretanto, essa palavra veio à existência no século II d.C., como designação da religião que se desenvolvera em torno da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Esse vocábulo encontra-se, pela primeira vez, nos escritos de Inácio (Rom. III), quando ele falava sobre aquele sistema e sua prática religiosa, o qual é odiado pelo mundo. Atualmente, a palavra cristianismo geralmente é empregada como sinônimo da religião cristã, em distinção às outros féis, como judaísmo, islamismo, etc., ou então em oposição a vários ismo, como humanismo, o marxismo, etc. O termo refere-se, igualmente aos crentes, considerados coletivamente, ou ao estado próprio de um cristão.

A fé cristã teve começo com a pessoa e com os ensinamentos de Jesus, o Cristo. Ele pertencia à raça judaica, de acordo com a sua natureza humana. Mas Ele era a encarnação do Logos de Deus. O décimo sexto capitulo de Mateus mostra-nos que o movimento cristão não foi um ramo acidental do judaísmo. A cultura romana antiga concebia o cristianismo como uma mera divisão herética da fé judaica. Porém, a narrativa de Lucas e Atos foi escrita para demonstrar que o cristianismo era uma entidade por si mesma, um avanço espiritual em relação ao judaísmo, e não um mero fragmento do judaísmo, criado por motivo de disputas teológicas. Vários pensadores liberais têm pensado que o real originador do cristianismo foi o apóstolo Paulo. Porém, essa suposição só pode ser mantida se rejeitarmos muitas das declarações do próprio Jesus no tocante do seu poder, a autoridade e caráter distintivo, como se fossem mera invenções da igreja cristã de épocas posteriores. É um erro fatal diminuir a importância do que os evangelhos dizem sobre Cristo. Os evangelhos mostram-se modestos e não exagerados, em suas declarações sobre Jesus.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SEDUZIDOS FACILMENTE PELO PODER

O que mais fascina o homem, acredito eu, não é o dinheiro, mas é o poder. O ser humano desde o principio já provou que é seduzido facilmente pelo poder, a maior prova disso aconteceu no Éden com Adão e Eva, quando receberam a proposta de serem iguais a Deus. A ganância do homem é imensurável nessa vida, sua sede por grandeza e por controle é ameaçadora a vida humana e a todo planeta.

Os pilares da pós-modernidade são:

" Fé na razão"

" Fé no progresso tecnológico"

" Fé na ciência como substituta da religião"

" Fé no homem autonômo totalmente independente de Deus" Os déspotas da intelectualidade já profetizavam: "aposentaremos Deus num canto desnecessário do universo, condenaremos a divindade ao ostracismo, para que o homem seja o centro de tudo".

Buber - falava do eclipse de Deus.

Fridrick Nietzche - falava da morte Deus.

Dietrich Bonhoeffer - falava da ausência divina.

Todos eles pelo menos eram liberais convictos. Pior é o mundo cristão que dizendo crer em Deus, o fizeram apenas um "mordomo cósmico", a serviço da cristandade através de correntes e campanhas para fazer a divindade funcionar a nosso favor; pois hoje tudo que não funciona é jogado fora. Não é mais o homem no centro da vontade de Deus, é o homem querendo colocar Deus no centro de sua vontade; as correntes e orações é como se fossem uma força pra forçar Deus a fazer algo que antes ele não estava disposto a fazer... é a era do Antropocentrismo, o homem no centro das atenções.

Na mentalidade moderna Deus existe para o homem, e não o homem para Deus, por essas e outras é que os templos e terreiros estão lotados, os gurus esotéricos estão em alta, o misticismo varre as ruas com propostas inacreditáveis, e as pessoas dizendo-se evangélicas se convertem a essa proposta de sucesso e não ao evangelho de Jesus, mas desenvolve-se uma espiritualidade tribal, em que Deus torna-se um ídolo de esquina que deve ser acessado para uma negociação, pois se ver Deus como um meio, e não como um fim em si mesmo... É a espiritualidade made in auto-ajuda.

Francisco Rudiger é que disse que a auto-ajuda substituiu:

. O engajamento na busca de justiça social pela busca do sucesso pessoal e individualista.

. A preocupação em formar pessoas de caráter pela preocupação em formar pessoas de sucesso.

. O compromisso com o cumprimento do dever pelo compromisso com a satisfação da vontade. Por que o mundo é dos espertos... Por isso é que o mundo vai de mal a pior, nosso conforto não passa de acolchoamento do nosso caixão global, o mundo dos homens está sem rumo, a vida só terá sentido quando entregarmos as rédias da nossa vida ao evangelho, e o evangelho é uma pessoa, e seu nome é Jesus! Ele que não brigou pelo controle de nada,e justamente por isso foi-lhe dado todo poder no céu e na terra, e o seu nome está acima de todo nome; para que ao nome de Jesus todo joelho se dobre e toda língua confesse que Ele é o Senhor; que com amor e sem empurrões nos atraiu a ele, e nos ensina a rejeitar todo centro de controle que seja poder da morte, ainda que seja por oficio pastoral ou qualquer outra coisa. Ele ensinou a andar em simplicidade e que o único controle que temos que ter é o do nosso próprio ser, fazendo frear nossa natureza doente e megalomaníaca, e desenvolver o fruto do Espírito; E que contra isso não existe lei, nem cabresto ou camisa de força, pois pra liberdade é que ele nos libertou.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

ALEXANDRE O GRANDE

As páginas da história estão marcadas por homens ilustres cujo gênio se dedicava à edificação de grandes impérios. Alexandre e seus exércitos atravessaram o mundo conhecido numa fúria de conquista. Numa série de batalhas em que demonstrou suas notáveis qualidades de general, criou um império desde a Macedônia até ao rio Indo. Narra-se que Alexandre, pouco antes de morrer, chorou por não existirem mais mundos a serem conquistados.


OS 3 ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE:

1, Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2, Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas ;

3, Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:


1, Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2, Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3, Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR!

"Então tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR." 1 Samuel 7:12.

O que você acha que te ajudou até aqui? Isso mesmo, desde que você nasceu até este exato momento que você está lendo esta mensagem? Você pode estar enumerando várias respostas: estudo, inteligência, sorte, enfim, muitas e muitas respostas. Mas, verdadeiramente só há uma: o Senhor! Ele mesmo nos diz que nos conhece antes de sermos formados no ventre da nossa mãe; que tem nossos fios de cabelos contados; que tem o nosso nome gravado nas palmas das Suas Mãos; que conhece as palavras da nossa boca antes de seres pronunciadas; que sabe o que necessitamos, portanto, creia que não importa o momento que você está vivendo, que tristeza está tomando conta do teu coração, que tribulação está querendo te impedir de caminhar, que mar Vermelho se levantou na tua frente, que fornalha quente te jogaram, que cova você acabou de cair, não importa. O Importa verdadeiramente é que Aquele que criou você com perfeição, é Poderoso para te livrar dentro da fornalha, no fundo da cova dos leões, abrir o Mar, liberar os caminhos e arrancar toda tristeza do teu coração, pois só ELE é quem pode te ajudar em todos os momentos, dando livramentos e criando o que for preciso para te proteger, socorrer e abençoar. Acredite na bondade e provisão divina e poderá dizer em alta voz: "Até aqui me ajudou o Senhor", ALELUIA!

Uma oração de agradecimento. Senhor meu Deus, obrigada por cuidar de nós a cada minuto da nossa vida, por estar conosco em toda e qualquer situação, por Sua fidelidade em todo tempo, e como é bom meu Deus poder falar: até aqui me ajudou o Senhor! em nome de Jesus, eu te agradeço, Amém.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

BENÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO

"A bênção" se queremos recebê-la precisamos entender que ela está conosco. Deixe-me explicar:

Quando lemos em II Rs. 4 a história da viúva, que depois da morte do seu esposo, os credores vieram a sua porta para cobrar a dívida deixada por ele, vemos o quadro da humanidade hoje, muitos estão com os mesmos problemas daquela mulher; afligidos pela perda de alguém que amava, apreensiva pela notícia que seu esposo tinha deixado dívidas, assustada pela possibilidade de perder até mesmo os seus filhos (II Rs.4:1), enfim; ela estava perturbada e angustiada com tudo que girava a sua volta. Ela estava emocionalmente abalada, sua família a ponto de ser separada, talvez não tinha coragem de encarar os seus vizinhos pela situação constrangedora e, ainda, uma tremenda situação financeira iminente; aquela mulher precisava ser alcançada pela benção da multiplicação.

Quando ela procura o homem de Deus (II Rs.4:1,2), para pedir-lhe ajuda, ela pensava em receber uma solução para o seu problema da forma convencional, ou seja, ele clamar a Deus e Deus atender; mas qual foi a sua surpresa? O profeta Elizeu pergunta a viúva: “O que é que tu tens em casa?”, parece uma incoerência, mas Deus, através de seu ungido, estava ensinando aquela mulher que a Benção estava na sua casa e não com ele. Ela precisava somente apresentar a Deus aquilo que ela tinha em sua casa, que era uma botija de azeite, e a benção da multiplicação começaria acontecer.

Da mesma forma eu te pergunto: “O que é que tu tens?”, será que ainda resta um pouco de fé em você, ou até mesmo uma gota de esperança, então é tudo que você precisa para começar a disfrutar desta Benção da Multiplicação. Deus nunca poderá multiplicar o “nada”, mas é só você apresentar a ele uns poucos peixes e pães e uma multidão poderá ser alimentada, pois foi alcançada pela BENÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CONTEXTUALIZAÇÃO DO SALMO 126

O estudo, ora apresentado é sobre o Salmo 126 registrado na galeria dos salmos dos degraus. Este salmo é um louvor a Deus pela restauração e retirada do cativeiro, pois é um salmo pós-exílio. O povo estava experimentando a tão sonhada libertação, depois do cativeiro na Babilônia.

Contextualização
O Salmo 126 é um salmo pós-exílio, ele foi escrito após o cativeiro babilônico. Esse Salmo, que está contido nos cânticos cantados durante a peregrinação a Jerusalém (das subidas, dos degraus, de ascensão, entre outros subtítulos que aparecem na seção dos salmos 120-134), traz em si a síntese do passado e do futuro. Ele fazia parte da história do povo de Deus, a temática e a importância desse salmo na história do povo de Deus é que toda a síntese desse salmo vem refletir o sofrimento, as dores, as decepções, as provações que o povo de Deus na sua história de vida vivenciou, mas esse salmo também retrata o triunfo, a conquista, o cumprimento das promessas de Deus, a fidelidade para com o seu povo.
“Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres”. Nosso louvor e nossa alegria são motivados pelas grandes obras de Deus realizadas em nosso favor. Israel, o povo de Deus, confessou com alegria estas palavras. Pois o Senhor, por seu poder e misericórdia, fez grandes coisas por eles. Toda a história de Israel no AT mostra-nos os grandes atos de salvação realizados por Deus em favor do seu povo (êxodo, deserto, Canaã). Deus sempre foi fiel e bondoso para Israel. Mas Israel, por muitas vezes, respondeu ao Senhor com ingratidão e rebeldia. E o Senhor sendo justo, castigou o seu povo várias vezes por suas transgressões. Um dos castigos que Deus deu ao seu povo foi o cativeiro sob um povo estranho (Dt. 28.49,64). Dois principais cativeiros ocorreram na vida do povo de Deus por causa dos seus pecados: cativeiro assírio (722 a.C.) e babilônico (586 a.C.).
O Senhor castigava o seu povo a fim de levá-lo ao arrependimento e restaurar a comunhão com ele. No castigo, o Senhor lembrava-se da sua misericórdia. Ele agiu em favor do seu povo restaurando-lhe a sorte: derrotou os babilônios e libertou o seu povo do cativeiro (539 a.C.). Um homem chamado Ciro foi o instrumento usado por Deus para libertar o seu povo (Is. 44.28; 45.1-7). O povo de Deus voltou para Jerusalém e restaurou a cidade e o templo do Senhor que antes foram destruídos por causa do cativeiro.
O Salmo 126 se encaixa dentro desse contexto histórico. Os salmos expressam as emoções dos salmistas em relação a Deus e estão ligados a uma situação histórica. Quando o salmista confessa que o Senhor restaurou a sorte do seu povo ele está se referindo à libertação do povo do cativeiro babilônico e o seu retorno à Jerusalém. Não foi somente um retorno físico, mas um retorno espiritual (Deus presente no meio do seu povo a fim de ser adorado no templo em Jerusalém que representava presença de Deus). Esse salmo era cantado pelo povo quando subia o monte Sião a fim de adorar o Senhor no templo.O salmista que escreveu o salmo 126, reconhece com alegria a graça e a fidelidade de Deus para com seu povo (v. 1-3 ).
As nações testemunharam as obras de Deus em favor do seu povo (v. 2 b). O grande amor de Deus para com seu povo era visível a todos bem como a sua ira. No castigo, Israel era zombado e escarnecido pelas nações pagãs inimigas do povo de Deus. Mas o testemunho das nações no salmo 126 é sobre a misericórdia de Deus para com seu povo.
O que ocorre na vida de um povo que é abençoado por Deus? Este povo só pode ser um povo grato e cheio de alegria. Vejam a situação de Judá. Antes, sob o domínio de um povo pagão no cativeiro, não tinham alegria, mas tristeza. Poderiam encontrar alegria na Babilônia? Entoar um hino de louvor ao Senhor numa terra estranha como escravos? Salmo 137:1-4 expressa a tristeza dos exilados.
Nos versículos 5-6 o salmista na regência da vontade divina, banhado pela inspiração do Espírito ele resume toda a história desse povo com uma linguagem totalmente agrícola para expressar as agonias, o sofrimento, mas também a conquista, os frutos que eles colheram. O final do Salmo recupera uma idéia generalizada na antiguidade, de que o processo de semeadura era difícil e, por isso, triste. Semear dá trabalho. Enquanto se semeia, os pés e mãos se ferem, o corpo se cansa, o sol castiga.
Em algumas mitologias antigas, a idéia de morte está presente na semente sepultada sob a terra. Semear é um tempo de dor. Mas a visão dos campos floridos, dos frutos amadurecidos compensa tudo. A lágrima não foi desperdiçada: ela regou a colheita. A restauração tem frutos como resultado. Ela é sempre um processo frutífero, por mais dolorido que seja. Por isso, é possível ver sorrisos onde antes havia lágrimas.É isso que vemos no contexto do salmo 126, um quadro totalmente diferente: a tristeza deu lugar à alegria. Agora poderiam tocar suas harpas e cantar salmos de louvor ao Senhor em Jerusalém, pois o Senhor lhes restaurou a sorte, fez grandes coisas por eles.

Conclusão:
O Salmo 126 nos mostra varias lições e ao mesmo tempo nos convida a redescobrir o sonho e a vivê-lo nas pequenas e grandes restaurações que Deus faz em nossa vida. A restauração tem frutos como resultado. Ela é sempre um processo frutífero, por mais dolorido que seja. É sempre fonte de alegria, de regozijo e de esperança.
Podemos nos lembrar todos os dias das restaurações que Deus tem operado em nossas vidas, assim como o povo poderia se lembrar de inimigos que se levantaram contra eles ao longo dos séculos: egípcios, assírios, filisteus, cananeus em geral, babilônios. Não faltaram oposições nem opressões ou exílios. Entretanto, a todo o tempo, Deus proveu livramento, consolo, milagres, sinais e a possibilidade de recomeçar, reconstruir e renovar a vida e a esperança. Por isso, o sofrimento ou dificuldade presente é sempre uma condição tanto de memória quanto de esperança. Sabemos o que Deus fez e cremos no que ele fará.
Mas infelizmente em nosso mundo hoje, temos perdido a capacidade e a dimensão do sonho. Vemos isso nas coisas mais simples do cotidiano. Observe apenas os jovens à sua volta: como tem sido difícil para eles sonhar! Antigamente, sempre havia facilidade em dizer o que a gente queria ser quando crescesse, pois eu falei isso varias vezes (sonhei). Mesmo que fosse impossível, o sonho existia. Hoje, infelizmente, quando se faz essa pergunta a um jovem pré-universitário, não é raro receber a triste resposta: “Ainda não sei”.

Fonte:
ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia do Obreiro. CPAD, 2005.