quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O CRISTIANISMO

O termo cristão aparece por três vezes no Novo Testamento, embora o termo “cristianismo” nunca figure ali. Entretanto, essa palavra veio à existência no século II d.C., como designação da religião que se desenvolvera em torno da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Esse vocábulo encontra-se, pela primeira vez, nos escritos de Inácio (Rom. III), quando ele falava sobre aquele sistema e sua prática religiosa, o qual é odiado pelo mundo. Atualmente, a palavra cristianismo geralmente é empregada como sinônimo da religião cristã, em distinção às outros féis, como judaísmo, islamismo, etc., ou então em oposição a vários ismo, como humanismo, o marxismo, etc. O termo refere-se, igualmente aos crentes, considerados coletivamente, ou ao estado próprio de um cristão.

A fé cristã teve começo com a pessoa e com os ensinamentos de Jesus, o Cristo. Ele pertencia à raça judaica, de acordo com a sua natureza humana. Mas Ele era a encarnação do Logos de Deus. O décimo sexto capitulo de Mateus mostra-nos que o movimento cristão não foi um ramo acidental do judaísmo. A cultura romana antiga concebia o cristianismo como uma mera divisão herética da fé judaica. Porém, a narrativa de Lucas e Atos foi escrita para demonstrar que o cristianismo era uma entidade por si mesma, um avanço espiritual em relação ao judaísmo, e não um mero fragmento do judaísmo, criado por motivo de disputas teológicas. Vários pensadores liberais têm pensado que o real originador do cristianismo foi o apóstolo Paulo. Porém, essa suposição só pode ser mantida se rejeitarmos muitas das declarações do próprio Jesus no tocante do seu poder, a autoridade e caráter distintivo, como se fossem mera invenções da igreja cristã de épocas posteriores. É um erro fatal diminuir a importância do que os evangelhos dizem sobre Cristo. Os evangelhos mostram-se modestos e não exagerados, em suas declarações sobre Jesus.

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