terça-feira, 18 de junho de 2013

OS RESULTADOS DO PENTECOSTES

1. O Pentecostes foi um fenômeno celestial
O Pentecostes não foi algo produzido, ensaiado, fabricado, teatralizado. Algo do céu verdadeiramente aconteceu. O Pentecostes foi incontestável, ninguém pôde negar sua existência. Foi irresistível, ninguém pôde impedi-lo. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi singular, o Espírito Santo veio para permanecer eternamente com a igreja, como o outro Consolador.

2. O fenômeno do derramamento do Espírito incluiu:
2.1. Som
Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. O Pentecostes foi audível, verificável, público, transpirando para fora do cenáculo.

2.2. Vento
O vento é símbolo do Espírito Santo. O hebraico tem uma única palavra para “vento e sopro”. O homem passou a ser alma vivente quando Deus soprou em suas narinas. Foi o hálito de Deus que lhe deu vida. Deus renova a face da terra, enviando o seu Espírito (SaImo 104.30). O Espírito soprou no vale de ossos secos e do vale brotou a vida.
Jesus disse que "o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai..." (João 3.8).
a) O vento é livre, ninguém consegue domesticá-lo; ele sopra onde quer. Muitas vezes, ele sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde estamos soprando com toda a força.
b) O vento é soberano.
c) O vento é misterioso; ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.
d) O vento tem uma voz, importa-nos ouvi-la e obedecer.

2.3. Fogo
O Espírito veio em línguas como de fogo. O fogo também é símbolo do Espírito.
a) O fogo ilumina, pois quem é nascido do Espírito não anda em trevas.
b) O fogo purifica, queimando todo o entulho que entope as fontes da nossa vida.
c) O fogo aquece, tirando-nos da frieza espiritual e inflamando nosso coração.
d) O fogo alastra, pois quando estamos cheios do Espírito é impossível isso ficar escondido. Quando estamos cheios do Espírito, as pessoas que estão à nossa volta notam isso e sofrem o impacto desse fato.

2.4. O fenômeno das línguas
As pessoas que ficaram cheias do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas. Não havia necessidade de interpretação (Atos 2.8,11), o que representa a universalidade do Evangelho.

3. O Pentecostes veio para mostrar que o poder de que o homem precisa não vem de dentro, mas do Alto (Atos 2.2-4).
O que aconteceu ali no Cenáculo, o vento impetuoso, as línguas de fogo, o derramamento do Espírito, não foram experiências subjetivas. Aquelas coisas extraordinárias não partiram de dentro das pessoas que estavam reunidas, mas vieram do Alto. As religiões orientais, a Nova Era, a Confissão Positiva dizem que o homem tem poder, e a sua necessidade é acordar esse poder latente dentro dele. O humanismo prega que o homem é o seu próprio deus. O budismo, em franco crescimento no Brasil (Revista Isto é, março/97), prega que o poder de que o homem precisa vem de dentro. Mas o Pentecostes mostra que o poder de que necessitamos vem do Alto, do céu, do trono de Deus.


4. Bibliografia

ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
LOPES, Hernandes Dias. Pentecostes: o fogo que não se apaga. São Paulo: Candeia, 1999.


domingo, 3 de março de 2013

O NOME DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

Creio não ser novidade para os assembleianos que o primeiro nome da sua denominação não foi Assembleia de Deus. No Brasil, o pentecostalismo teve inicio com o nome Missão da Fé Apostólica, que designava as igrejas ligadas ao movimento iniciado por Charles Fox Parham (1873-1929). E não foi por pouco tempo. Até ser adotado o nome Assembleia de Deus, quase sete anos depois, a doutrina pentecostal já havia chegado aos estados do Ceará, Pernambuco, Alagoas, Amapá e talvez Amazonas. Portanto, quando os nosso livros de história dizem que a “Assembleia de Deus” chegou a esses estados na verdade querem dizer “Missão da Fé Apostólica” .
O nome da denominação foi esco¬lhido, segundo o testemunho de Manoel Rodrigues, o primeiro presbítero assembleiano brasileiro, numa parada de bonde. Gunnar Vingren perguntou a um grupo de irmãos que após o culto estava aguardando a condução qual nome se deveria dar à jovem igre¬ja, que estava para adquirir personalidade jurídica. Explicou-lhes que nos Estados Unidos as igrejas adeptas da doutrina pentecostal usavam o nome “Assembleia de Deus” ou “Igreja Pentecostal”. Todos decidiram pelo primeiro. Foi registrada assim em 11 de janeiro de 1918.


Datas importantes

19 de novembro de 1910 — Os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém do Pará.

13 de junho de 1911 — Um grupo de irmãos é cortado da comunhão da Igreja Batista por aceitarem a doutrina pentecostal.

18 de junho de 1911 — O culto realizado nesse dia, na casa da irmã Celina Albuquerque, com a presença de excluídos e alguns ainda membros da Igreja Batista, marca o início da Assembleia de Deus no Brasil. É a data em que se comemora a sua funda¬ção.

11 de janeiro de 1918 — A denominação é registrada oficialmente como pessoa jurídica e adota o nome Assembleia de Deus (antes disso, chamava-se Missão da Fé Apostólica).


Primeiro batismo no Espírito Santo

A primeira pessoa a receber a pro¬messa do batismo com o Espírito Santo no Brasil foi Celina Albuquerque, no dia 2 de junho de 1911. Depois de um culto em que buscava o batismo, ela continuou orando em casa. À uma hora da ma¬drugada, começou a falar em línguas, só parando duas horas depois.

Fonte: O balido (blog do Judson Canto).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

APRENDENDO COM DEUS


 O primeiro capitulo de Gênesis apresenta Deus trabalhando. Geralmente a nossa atenção se dirige às coisas criadas. Entretanto, esse livro tem muito a nos ensinar sobre seu principal personagem: O próprio Deus. Assim como as nossas obras mostram o nosso caráter, também a criação revela diversos aspectos da natureza divina.
Entre Gênesis 1.1 e 2.3, sete dias se passaram. Vemos ali um exemplo de como aproveitar bem a semana. Nos seis primeiros dias, Deus fez toda a sua obra e no sétimo descansou. Em cada dia, algo significativo era feito. Nós também precisamos usar bem o nosso tempo. Quantas pessoas deixam a semana passar e não resolvem o que precisa ser resolvido nem fazem o que deve ser feito. Assim passa o mês, os anos, a vida. Muitos querem descansar antes de trabalhar e sofrem por isso. O exemplo que Deus nos deu é bem diferente. A preguiça não encontra apoio bíblico. O trabalho excessivo também não. Os preguiçosos sofrem necessidades e quem trabalha excessivamente sofre desgastes físico e mental. Trabalhar e descansar são importantes, cada um na medida e no tempo certo.
Deus poderia ter dito: “haja tudo”, e tudo de uma vez passaria a existir. Então teríamos apenas um versículo narrando à criação. Sabemos que não foi assim. Podendo fazer tudo de uma só vez, ele quis dividir seu trabalho em etapas. No primeiro dia Deus cria a luz cósmica, no segundo dia o firmamento, no terceiro dia a terra seca e no quarto dia os luzeiros, ou seja, os astros. Nesses quatro dias Deus põe em ordem a criação. No quinto dia cria os peixes e as aves, no sexto dia os animais e o homem. No quinto e sexto dia Deus da vida a criação. No sétimo dia houve o descanso de Deus aonde ele declara que a criação é boa.
O texto de Gênesis 1 nos mostra, de maneira bem interessante, que Deus é organizado. Ele fez todas as coisas na ordem necessária. Primeiro a água, depois os peixes. Primeiro o céu, depois as estrelas. Primeiro os minerais, depois os vegetais e por último, os animais. Deus não começou criando o boi para deixar o animal mugindo de fome.
Uma das formas de vê o sofrimento natural na vida do homem é através da desordem em casa, no trabalho, na escola, e etc, dificilmente alcançaremos um bom nível de realização através da desordem. Adiantar, atrasar ou inverter a ordem pode causar muito sofrimento.
A criação do homem foi um ato de amor do criador. Assim como o oleiro toma o barro em suas mãos para moldar o precioso vaso, Deus formou o ser humano do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego de vida e o colocou em um jardim preparado com todo carinho.
É interessante observarmos que Deus, embora tenha feito tanto, ainda deixou muitas coisas para que o homem fizesse. É assim até hoje. Ninguém deve pensar que Deus fará tudo sozinho. Em varias questões da vida, nossa participação, decisão e trabalho são importantes. O mais difícil ele fez, que foi criar o ouro (Gn 2.11,12). Agora, cabe ao homem encontrá-lo. E, em casos assim, não basta orar é preciso trabalhar (tomar atitude). Refiro-me ao ouro como uma ilustração para tudo aquilo que possa ser importante e valioso para cada um de nós. Pense nisso!