1. O Pentecostes foi um fenômeno
celestial
O Pentecostes não foi algo produzido,
ensaiado, fabricado, teatralizado. Algo do céu verdadeiramente aconteceu. O
Pentecostes foi incontestável, ninguém pôde negar sua
existência. Foi irresistível, ninguém pôde impedi-lo. Foi soberano,
ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer
os seus resultados. Foi singular, o Espírito Santo veio para
permanecer eternamente com a igreja, como o outro Consolador.
2. O fenômeno do derramamento do
Espírito incluiu:
2.1. Som
Não foi barulho, algazarra, falta de
ordem, histeria, mas um som do céu. O Pentecostes foi audível, verificável,
público, transpirando para fora do cenáculo.
2.2. Vento
O vento é símbolo do Espírito Santo.
O hebraico tem uma única palavra para “vento e sopro”. O homem
passou a ser alma vivente quando Deus soprou em suas narinas. Foi o hálito de
Deus que lhe deu vida. Deus renova a face da terra, enviando o seu Espírito
(SaImo 104.30). O Espírito soprou no vale de ossos secos e do vale brotou a
vida.
Jesus disse que
"o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem
para onde vai..." (João 3.8).
a) O vento é livre,
ninguém consegue domesticá-lo; ele sopra onde quer. Muitas vezes, ele sopra
onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde estamos soprando com toda a
força.
b) O vento é
soberano.
c) O vento é misterioso; ninguém
sabe de onde vem nem para onde vai.
d) O vento tem uma voz,
importa-nos ouvi-la e obedecer.
2.3. Fogo
O Espírito veio em línguas como de
fogo. O fogo também é símbolo do Espírito.
a) O fogo
ilumina, pois quem é nascido do Espírito não anda em trevas.
b) O fogo
purifica, queimando todo o entulho que entope as fontes da nossa vida.
c) O fogo
aquece, tirando-nos da frieza espiritual e inflamando nosso coração.
d) O fogo
alastra, pois quando estamos cheios do Espírito é impossível isso ficar
escondido. Quando estamos cheios do Espírito, as pessoas que estão à nossa
volta notam isso e sofrem o impacto desse fato.
2.4. O fenômeno das línguas
As pessoas que ficaram cheias do
Espírito Santo começaram a falar em outras línguas. Não havia necessidade de
interpretação (Atos 2.8,11), o que representa a universalidade do Evangelho.
3. O Pentecostes veio para mostrar que
o poder de que o homem precisa não vem de dentro, mas do Alto (Atos 2.2-4).
O que aconteceu ali no Cenáculo, o
vento impetuoso, as línguas de fogo, o derramamento do Espírito, não foram
experiências subjetivas. Aquelas coisas extraordinárias não partiram de dentro
das pessoas que estavam reunidas, mas vieram do Alto. As religiões orientais, a
Nova Era, a Confissão Positiva dizem que o homem tem poder, e a sua necessidade
é acordar esse poder latente dentro dele. O humanismo prega que o homem é o seu
próprio deus. O budismo, em franco crescimento no Brasil (Revista Isto é, março/97),
prega que o poder de que o homem precisa vem de dentro. Mas o Pentecostes
mostra que o poder de que necessitamos vem do Alto, do céu, do trono de Deus.
4. Bibliografia
ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia de
Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
LOPES, Hernandes Dias. Pentecostes: o
fogo que não se apaga. São Paulo: Candeia, 1999.