sexta-feira, 1 de julho de 2016

JONAS


Contexto Histórico


Os assírios pagãos, inimigos de Israel de longa data, eram uma força dominante entre os antigos de aproximadamente 885 a 665 a.C. Relatos do A.T descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas, e Jeroboão foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2 Reis 14.25).
O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros proféticos, pois ele não tem uma profecia que não contenha uma mensagem; a história é a mensagem. A história recorda um dos mais profundo conceitos teológicos encontrados no A.T. Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas. Israel havia sido encarregado de entregar aquela mensagem, mas, de algum modo, eles não compreenderam a importância dela. Essa falha conseqüentemente levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo do N.T.
Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km pra o oriente, a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. Sua mensagem é pra ser um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso eles responda positivamente. Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente. Esse patriotismo nacionalista e seu desdém a que a misericórdia seja oferecida para pessoas que não fazem parte do concerto induzem Jonas a decidir deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele esperava que o Espírito da profecia não o seguisse. Jonas está descontente e. algum modo se convence do que uma viagem a Társis irá livra-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.
A viagem a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face à face ao seu chamado missionário. Após determinarem que Jonas e seu Deus são responsáveis pela tempestade, e após esgotarem todas as alternativas, os marinheiros atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe o jogou em terra firme.
Novamente, Deus manda Jonas levantar e ir a Nínive para entregar a mensagem de libertação. Desta vez, o profeta concorda relutantemente em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus. Para seu espanto, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependeram e mostraram isso através do jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilde.
O coração de Jonas ainda não está mudado, e ele reage com ira e confusão. Por que Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel? Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá ele aguarda do dia indicado para o julgamento.
Deus usa esse tempo de esperar para ensinar uma valiosa lição a Jonas. Ele prepara uma aboboreira para crescer durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se regozija na sua boa sorte. Então, Deus prepara um bicho pra comer o caule da aboboreira e a faz secar.
Ele, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do oriente, para secar o corpo morto de sede de Jonas. Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus amava.


Contextualização

Jonas é um livro incomum, tanto por sua mensagem quanto por seu mensageiro. Ao contrário de outros livros do Antigo Testamento, ele se desenvolve apenas em torno de uma nação gentia. Isso nos mostra que Deus se preocupa com os gentios (pecadores), do mesmo modo que com Israel (seu povo escolhido).
Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. (Jonas 1.1,2).
Deus estava dando uma ordem para Jonas. Deus não estava pedindo, nós temos que saber a diferença quando Deus nos pede e quando Deus nos manda. Nínive era a capital do reino assírio que era um dos reinos, mas perverso daquela época, Jonas sabia disso! Vou fazer uma comparação: Nos nossos dias vamos supor que Nínive fosse o Estados Unidos e Jonas fosse Iraquiano e Deus mandasse ele gritar nas ruas de Nova Yorque que Deus ia destruir a América. A ordem de Deus não foi algo fácil de se executar olhando por essa ótica. Se formos analisar o contexto histórico iremos entender que a Assíria era um dos maiores inimigos da palestina.
Jonas toma um destino totalmente diferente da ordem que tinha recebido e essa ordem não era do homem a ordem era de Deus. Quando Deus nos pede algo podemos até recusar, mas quando ele manda nos não podemos fugir.
Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, de modo que o navio estava a ponto de se despedaçar. (Jonas 1.4).
Existe momento que tomamos certas atitudes e essas atitudes vão fazer com que Deus prepare coisas para aquele momento. Tem crente que tudo que acontece de ruim na sua vida ele diz que é o diabo, tem coisas que não é o diabo e sim Deus que cria. Quando Jonas recusa em ouvir a voz de Deus, ele cria a primeira coisa: Uma grande tempestade. Nem todas as tem tempestades que acontecem em nossas vidas é coisa do diabo.
A igreja foi levantada embaixo de uma ordem “Ide”, quando eu não cumpro essa ordem o mesmo Deus que deu a ordem sabe criar tempestade, pois o vento e o mar não são o homem que controla quem controla todas as coisas é a mão do Todo-Poderoso.
Quando eu vejo um cristão passando por prova a primeira coisa que eu pergunto para Deus é quem é que criou esse vento, porque tem tempestade que foi criada por Deus. Quando Deus cria uma tempestade ele quer nos ensinar alguma coisa e não tem como fugir de Deus. E muita das vezes quando a tempestade acontece a primeira coisa que é atingida é as finanças e não é o migrador nem o cortador é Deus que está tocando.
Então os marinheiros tiveram medo, e clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem; Jonas, porém, descera ao porão do navio; e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono. O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e disse-lhe: Que estás fazendo, ó tu que dormes? Levanta-te, clama ao teu deus; talvez assim ele se lembre de nós, para que não pereçamos. (Jonas 1.5,6).
Toda vez que Deus cria uma tempestade é porque ele quer que nós venhamos mudar de direção. Mas muita das vezes somos insensíveis, o vento sopra e nós ficamos dormindo e muita das vezes Deus tem que usar o ímpio para podermos tomar uma atitude.
Uma das piores coisas que existe é viver com pessoas desobedientes a voz de Deus essas pessoas só atrai tempestade para sua vida e acabam colocando outras pessoas em perigos. E só acordam e lembram de obedecer a Deus quando chegam no profundo do abismo. Então o Senhor deparou um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe. Eu desci até os fundamentos dos montes; a terra encerrou-me para sempre com os seus ferrolhos; mas tu, Senhor meu Deus, fizeste subir da cova a minha vida. 
Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo. (Jonas 1.17; 2.6,7).
Tem pessoas que só oram quando estão no ventre do peixe. E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira, e fê-la crescer por cima de Jonas, para que lhe fizesse sombra sobre a cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; de modo que Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira. (Jonas 4.6).
Deus criou para Jonas uma planta e grande foi a sua alegria, quando o crente está debaixo da planta na sombra: Dinheiro na conta, carro do ano, casa nova, gozando de saúde, família crente e muito bom e com isso nos acomodamos com tamanha sombra. Mas Deus enviou um bicho, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a aboboreira, de sorte que esta se secou. E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; e o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo: Melhor me é morrer do que viver. Então perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da aboboreira? Respondeu ele: É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte.
Disse, pois, o Senhor: Tens compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muito gado? (Jonas 4.7-11).
Existem pessoas tão preocupadas e dando valor imenso nas coisas, mas do que nas almas. Vejo aqui nesses últimos versículos algo que nossa geração está vivendo, estamos, mas preocupado com o refrigério da planta do que em obedecer a voz do Senhor. Hoje as pessoas estão como Jonas amando a planta (coisas) e gostando das pessoas (almas), valores invertidos. Precisamos amar aquilo que Deus ama. As almas que gemem e sofrem debaixo do jugo do pecado.