quarta-feira, 28 de maio de 2008

CONHECENDO A ALMA E O ESPÍRITO

Conhecendo o nosso espírito
O espírito humano é capaz de ter consciência de Deus, assim como o corpo tem consciência do mundo. Comunicamos com Deus através do nosso espírito regenerado.

O espírito humano tem três divisões distintas, são elas:

CONSCIÊNCIA
Romanos 9.1 - Ela testemunha
I Coríntios 5.3 - Ela Julga
Salmo 51.10 - Ela discerne o correto
Deuteronômio 2.30 - Ela endurece
I Timóteo 4.2 - Ela cauteriza
I Coríntios 8.7 - Ela contamina.

COMUNHÃO - ADORAÇÃO
Com ela adoramos a Deus
João 4.23 - Adoramos em espírito
Romanos 1.9 - Servimos no espírito
Efésios 6.18 - Oramos em espírito
Lucas 1.47 - Alegramos no espírito
I Coríntios 6.17 - Um com Deus em espírito
Romanos 7.6 - Em novidade de espírito.

INTUIÇÃO
Com ela contatamos a Deus
I Coríntios 2.11 - Conhece as coisas de Deus
Marcos 2.8 - Percebe as coisas
Atos 20.22 - È compelido, guiado
II Coríntios 7.13 - É refrigerado
Mateus 26.41 - Está pronto.

O nosso espírito vivificado é livre para ouvir, obedecer, discernir o certo e o errado e adorar a Deus, isso porque:
1. O nosso espírito outrora inoperante e inativo foi vivificado por Deus. “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo”. Colossenses 2.13. “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem da desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões, pela graça sois salvos”. Efésios 3.1-5.

2. Temos um novo espírito. “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e vos darei um coração de carne”. Ezequiel 36.2.

3. O Espírito Santo habita em nosso novo espírito. “E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em nós”. Romanos 8.11.

Conhecendo a nossa alma.
A alma reflete o que ela capta do espírito ou do corpo. Se o corpo, através dos seus cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato, lhe transmite coisas ruins, ela irá refletir essas coisas e esse homem pode ser chamado de homem almático. Mas, se ela ouve mais o espírito ou capta as coisas boas oferecidas pelos sentidos, discernindo as coisas espiritualmente, então é um homem espiritual.

Através da alma o homem tem a consciência de si mesmo; ela é a essência da personalidade humana e nos torna humanos. A sua função é manter a harmonia entre o espírito e o corpo. Depois da queda do homem a alma também foi afetada perdendo a sua harmonia, tornando-se perturbada e desequilibrada. É por isso que precisamos ser tratados e curados em nossa alma, isso se chama “Cura do nosso Interior”.

A alma tem também três divisões, são elas:

MENTE – INTELECTO
Provérbios 19.2 - Têm conhecimento
Salmo 139. 14 - Ela sabe
Salmo 13.2 - Ela considera
Jeremias 3.20 - Ela lembra
Provérbios 24.14 - Ela tem sabedoria.

VONTADE
Jó 7.15 - Ela escolhe
Jó 6.7 - Ela recusa
I Crônicas 36.5 - Ela se dispõe
Números 30.2 - Ela decide.

EMOÇÃO
Salmo 42.1 - Ela ama
Ezequiel 36.5 - Ela odeia
Ezequiel 30.2 - Ela deseja
Lucas 2.35 - Ela percebe
Salmo 42.5 - Ela entristece.

Com a nossa mente: pensamos, aprendemos, refletimos, consideramos. Nela está o saber. Com a nossa vontade: escolhemos, rejeitamos, decidimos e nos dispomos. Com a nossa emoção: sentimos tristeza, alegria, amor, ódio, angústia, medo, desespero, ansiedade, desejos...

Tratando com a nossa alma
Cremos que o espírito do homem é a parte que nasce de novo, não é a alma que nasce de novo. A salvação e restauração da alma deve ser um processo. Tiago disse: “Acolhei com mansidão a palavra em vós implantada a qual é poderosa para salvar vossas almas”. Tiago 1.21. Quando Tiago dirigiu essas palavras, ele falava a pessoas que já tinham convertido, sido salvas. No versículo 19 do mesmo capitulo, ele chama as pessoas a quem ele escreve de “meus amados irmãos”.
Entendemos que o nosso homem interior, o nosso espírito recebe vida eterna, nasce de novo, mas a nossa alma, a nossa mente, vontade e emoções precisam ser tratadas, renovadas. É por isso que o apóstolo Paulo escreveu para os Romanos – “E não vos conformeis com esse mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.2. A mesma coisa falou o salmista – “Refrigera-me a alma...”. Salmo 23.3.
A palavra “refrigério” significa “sossegar” que é a palavra hebraica “Nuah”, que sugere a idéia de descanso. No refrigério está implícita a ausência de disputas, guerras, preocupações, ansiedades, perturbações, uma alma sarada e regada por Deus.
Precisamos de uma alma assim: refrigerada, renovada e restaurada, livre das perturbações e distúrbios de personalidade. A queda de Adão afetou a nossa alma e, conseqüentemente, afetou os nossos relacionamentos com Deus, com os outros e com nós mesmos. É importante lembrarmos que os problemas de relacionamento entre pessoas começam dentro de nós. É fruto de conceitos que temos acumulado que interferem em tudo que vemos e interagimos, por isso precisamos que o Espírito Santo restaure a nossa mente, vontade e emoção através da Palavra de Deus, no poder do nome de Jesus Cristo. Só assim, experimentaremos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para a nossa vida e relacionamentos.

Tratando com as barreiras da nossa alma
Sem exceção, todos que se voltam para Deus têm a mesma origem – o reino das trevas. Andávamos desgarrados, órfãos e solitários, vivendo à mercê do mundo mal e hostil. Como resultado e conseqüência da nossa origem, surgiram as enfermidades interiores, ou deformações de personalidade. Essas enfermidades aparecem como conseqüência da separação de Deus. O homem foi entregue a si mesmo, saindo fora do controle do Espírito Santo e se colocando sob a influência de demônios.
Podemos localizar dois tipos de barreiras interiores – as verticais e as horizontais. As verticais são formadas entre nós e Deus. Ela impede um relacionamento íntimo e satisfatório com Deus.

Barreiras Verticais
O homem foi criado à imagem de Deus e ele não pode viver em harmonia, se relacionar adequadamente com o seu criador. E um fator que impede um cristão de desenvolver um relacionamento profundo com Deus, é uma imagem distorcida que tem a respeito de Deus. Muitos de nós (muitas vezes a nível inconsciente) consideramos Deus como um Deus severo, punitivo, indiferente e que muitas vezes nos rejeita quando falhamos.
Temos muitos conceitos negativos da pessoa de Deus e essa imagem distorcida torna-se uma barreira. Na maioria das vezes esses conceitos negativos são transmitidos a nós quando crianças, através do relacionamento familiar, e mais especificamente pelo papel e a figura dos pais.

Barreiras Horizontais
As barreiras horizontais se elevam entre nós e os outros. Elas impedem que estabeleçamos relacionamentos significativos com o próximo. O fato de não nos conhecermos plenamente nos torna verdadeiras ilhas em nós mesmos.
O medo da rejeição, da crítica, os complexos de inferioridade, e até de superioridade, formam barreiras que impedem as pessoas de se aproximarem e se relacionarem conosco em nível mais profundo.
A obra de restauração e reconciliação de Cristo abrange tanto o nosso relacionamento com Deus como com o nosso próximo. Sabemos muito bem, por experiência, que é um grande desafio nos relacionar com o nosso próximo, pois somos pessoas imperfeitas e é por isso que o relacionamento com o nosso próximo começa com mudança em nossa vida, pois quando nós mudamos, os outros conseqüentemente mudarão em relação a nós.
Precisamos receber cura e remoção dessas barreiras para podermos melhorar o nosso relacionamento com Deus, com o nosso próximo e com nós mesmos. Alcançando essa cura, com certeza a nossa qualidade de vida espiritual, familiar e social mudará radicalmente, receberemos os benefícios da cura de enfermidades e relacionamentos quebrados.

Tratando com as feridas e traumas da nossa alma
Estas feridas e traumas são chamadas de enfermidades. São dificuldades, problemas em nossa personalidade que requer um toque mais profundo e específico do Espírito Santo. Existem experiências em nosso passado que necessitam de uma “desprogramação”. São mensagens negativas que precisam ser desgravadas. São cenas do passado que nunca foram esquecidas e a dor da lembrança ainda nos persegue como se o acontecimento fosse ontem ou naquele instante.
As feridas são conseqüências de danos pessoais; pessoas e situações que nos feriram através de palavras e atitudes, ou a ausência de afeto e atenção dos pais, desilusões, injustiças, sofrimentos morais e físicos. Os traumas são produzidos por experiências fortes acima da capacidade emocional do indivíduo. Muitas vezes duas pessoas passam pela mesma experiência traumática e somente para uma delas se torna um trauma. Porque isso acontece?
Normalmente cada indivíduo possui sua própria capacidade emocional. Deus criou os homens diferentes uns dos outros exteriormente e psicologicamente. Observamos isso através dos quatro temperamentos básicos. Devido à sensibilidade emocional do indivíduo, a situação traumática acarretará maior ou menor dano. Quando o indivíduo supera aquela experiência, dizem que ele recalcou em seu inconsciente. Dificilmente será afetado posteriormente devido aquele fato ocorrido. Mas, sabemos que a nossa história de vida é a somatória de diversas experiências desde a concepção até a morte. Enquanto houver vida estaremos expostos à situações constrangedoras e ameaçadoras.
Algumas marcas ou cicatrizes ficam enterradas em nosso interior por longo tempo e depois provocam comportamentos, reações inexplicáveis. Essas feridas e traumas não são sarados pela conversão, nem pela santificação, nem pelos outros benefícios comuns da oração. O que quero dizer com isso é, que existem situações e certas áreas da nossa vida, que necessitam de um toque especial do Espírito Santo. Leia esse testemunho: “Ele sempre foi uma pessoa violenta, filho de pai violento. Tinha fome de Deus e sua conversão provocara mudanças reais. Apesar disso, alternava momentos de comunhão e de oração, com outros de embriaguez. Fruto de seus envolvimentos em brigas de rua vieram à tona e ardilosas questões pastorais na igreja. Como disciplinar um crente como esse? Até que certa noite eu estava pregando sobre o poder de Deus para curar. A atmosfera era de fé. Assim, pedimos ao Espírito que viesse e ministrasse. Ele veio, como esperado, e derrubou seu filho violento. Tremendo sob o poder do Espírito, ele viu, num seqüencial, cenas traumáticas da sua infância, origens do seu temperamento violento. Deus curou suas mágoas e ferimentos um a um. Em seguida,, o moço orou, individualmente pelos enfermos que ali estavam e viu a unção do poder de Deus se derramar sobre eles. Desse dia em diante, Deus transformou aquele homem violento num pastor. O povo começou a estudar a Bíblia e ele passou a pregar o evangelho. Hoje, é pastor.”
Assim também pode ocorrer conosco pelo poder e ministração do Espírito Santo. São experiências emocionais que estão acima das orações comuns, da disciplina, da força de vontade. Assim como recebemos orações especiais para nossa cura física, necessitamos de oração para a cura da nossa alma, onde os traumas e feridas estão instalados.

Um comentário:

Lu disse...

Vou ministrar sobre Autoestima e emoções hoje... Esses estudo foi de grande relevância transbordar em alguns tópicos que irei falar. Que o Senhor continue te usando grandemente vaso de honra